Economia

Turismo do Centro apela ao regresso aos Lugares Património Mundial

19 jun 2020 10:20

Resultados do trabalho dos últimos três anos no âmbito da Operação Lugares Património Mundial foi apresentado esta manhã na Batalha

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Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo (Tomar) e a Universidade de Coimbra/Alta e Sofia receberam 1,5 milhões de visitantes em 2019
Ricardo Graça/Arquivo
Raquel de Sousa Silva

 

Apelar ao regresso e à visita aos monumentos e lugares classificados como Património Mundial, “após o difícil período que recentemente atravessámos, reforçando os sentimentos de segurança e confiança junto de turistas e visitantes”, é um dos focos do Turismo Centro de Portugal, que esta manhã promoveu com o município da Batalha uma conferência no mosteiro desta vila.

No ano passado, os quatro Lugares Património Mundial na região Centro – Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo (Tomar) e a Universidade de Coimbra/Alta e Sofia – receberam 1,5 milhões de visitantes.

“Uma cifra muito importante” para que se perca o contacto e a comunicação com os turistas, frisou Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) no evento desta manhã.

“Queremos fazer com que estes 1,5 milhões de turistas coloquem o Centro de Portugal nas suas preferências. Estamos muito aptos para os receber”, explicou o responsável, que apresentou alguns dos resultados da Operação Lugares Património Mundial, que decorreu nos últimos três anos, com uma dotação de dois milhões de euros do Programa Operacional do Centro.

O trabalho feito é “um extraordinário exercício para o presente e para o futuro”, pelo que Pedro Machado deixou a garantia de que o consórcio irá trabalhar para que o projecto volte a ser “merecedor de confiança” junto das entidades competentes.

A conferência serviu ainda para apresentar o Guia Lugares Património Mundial, que será lançado amanhã com o jornal Expresso. Em preparação, segundo Pedro Machado, está já um roteiro sobre a “riqueza gastronómica” do Centro.

Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, lembrou que esta tem sido uma “caminhada dura”, mas acredita que os agentes “compreenderam que a relação entre cultura e património traz valor para o turismo e para a economia local”.

“O incremento da notoriedade dos monumentos deve-se muito a esta parceira”, frisou, considerando que faz sentido os municípios envolvidos no consórcio trabalharem em conjunto para aumentar o investimento no turismo.

Levar turistas a circuitos desconhecidos, para aliviar os mais congestionados, é uma das oportunidades que podem ser aproveitadas, defendeu Joaquim Ruivo, director do Mosteiro da Batalha, que lembrou que a economia do turismo ficou “à beira do colapso” devido à pandemia. Agora, há que “preparar com afinco o retorno à viagem”.