Economia
TWEvo, startup de Leiria, cria sistema inteligente de produção para a Gallo Vidro
As exigências da Indústria 4.0 levam muitos empresários a fazer contas a novos equipamentos. Mas uma startup de Leiria pode ter a solução para poupar, melhorar a produção e aumentar o conforto dos operários
A Gallo Vidro, empresa de fabrico de vidro automático da Marinha Grande que integra o Grupo Vidrala, está a utilizar um sistema inteligente de supervisão de processos industriais de produção, no seu forno 5, o mais antigo em operação.
A solução, denominada Viexpand, conta com aplicação de Inteligência Artificial (IA) e foi pensada para ser aplicada em espaços industriais e chão de fábrica que não têm ainda equipamentos de Indústria 4.0 ou 5.0.
O projecto, da responsabilidade da TWEvo (Tactile Wireless Evolution) Lda, uma startup de Leiria, em parceria com o Instituto de Telecomunicações/Instituto Politécnico de Leiria, consistiu no desenvolvimento e construção em hardware de um sistema de processamento e transmissão vídeo omnidirecional para a supervisão do fabrico de garrafas à distância.
O sistema pode detectar erros na produção e evitar congestionamentos e bloqueios na linha que transporta o vidro a temperaturas de cerca de 450ºC.
Carlos Ribeiro, CEO da TWEvo, explica que o sistema permite igualmente aumentar o conforto dos trabalhadores que operam junto à saída do forno, ao permitir que estejam menos tempo na chamada “zona quente”, onde a temperatura média é de 50ºC, o ambiente está carregado de óleo e onde o ruído pode causar danos permanentes, se não se usarem protecções.
“De um ponto de vista da sustentabilidade, a diminuição do desperdício de produto e redução da utilização de energia são outras vantagens”, avança o responsável.
Quatro câmaras de vídeo de alta resolução e um sistema concebido pela TWEvo e por Lino Ferreira e a sua equipa do Instituto de Telecomunicações, verificam e medem, por reconhecimento de imagem à distância e em tempo real, a distância entre cada uma das garrafas.
Se estiverem demasiado próximas, por estarem ainda quentes e maleáveis, podem colar-se umas às outras ou, caso caiam no sem-fim, podem bloquear a produção, causando prejuízo e atrasos.
Um pequeno computador criado especificamente pela empresa de Leiria é a “caixinha de Pandora” do sistema, como carinhosamente foi apelidado pela equipa da Gallo Vidro, empresa parceira
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