Sociedade

Vandalismo custa milhares de euros aos cofres das câmaras da região

26 ago 2021 12:30

Rabiscam paredes, destroem sinalética e furtam equipamentos públicos. Todos os anos, os actos de vandalismo pesam nas despesas das autarquias

vandalismo-custa-milhares-de-euros-aos-cofres-das-camaras-da-regiao
Um plátano centenário foi um dos últimos alvos do vandalismo em Leiria
Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

Somados, ao longo de anos, os actos de vandalismo perpetrados contra o património público têm um impacto financeiro considerável em várias autarquias da região de Leiria. Nalguns municípios, os graffiti tornaram-se uma praga. Noutros, prolifera a destruição de mobiliário urbano e de sinalética. Em qualquer dos casos, apontam os autarcas, trata-se de comportamento reprovável e que nem sempre é fácil de fiscalizar e punir.

Entre os casos mais recentes está, por exemplo, a vandalização de vasos de plantas colocados junto à praia, episódio que ocorreu na semana passada, em São Pedro de Moel. “Depois dos serviços terem que remover o passadiço da praia de São Pedro de Moel, também ele vandalizado, e neste local terem colocado vasos grandes com bonitas flores, houve vários vasos vandalizados”, denunciou a Câmara da Marinha Grande. “Situações como esta deixam-nos tristes, mas, acima de tudo, preocupados com as intenções de quem comete tais actos de violência contra o espaço público que é de todos”, lamentou a autarquia.

Em Março, o mesmo município participava às autoridades o furto de parte dos passadiços de madeira, numa extensão de 60 metros, nas praias das Pedras Negras e da Vieira. “Além dos prejuízos financeiros, está em causa todo o transtorno causado. Porque se inutilizam equipamentos que são necessários e porque nos obriga a mudar prioridades e a destacar recursos humanos para acudir a situações que não estavam previstas”, explica ao JORNAL DE LEIRIA fonte do gabinete de apoio à presidente de câmara.

Na semana anterior, em Leiria, era queimado um plátano de grande porte no Parque Tenente Coronel Jaime Filipe da Fonseca ('Parque do Avião'), um gesto que colocou a árvore centenária em risco de queda e que veio ditar o seu abate dias depois. Ainda este ano, no mesmo concelho, a câmara registava o furto do quadro eléctrico nas Hortas Verdes, cujo prejuízo se aproximou dos 400 euros. Sempre que há conhecimento de crime, o mesmo é participado ao Ministério Público. Quanto ao desfecho destes casos, relata a Câmara de Leiria, “depende da possibilidade de identificação dos seus autores, da natureza do crime, do montante indemnizatório", sendo que, em regra são aplicadas injunções”. Quando “inexistem indícios quanto à autoria dos factos, a decisão judicial é de arquivamento”, expõe ainda.

Eduardo Amaral, vice-presidente da Câmara de Porto de Mós, também relata uma longa lista de património público vandalizado no concelho nos últimos três anos: “danificação reiterada de passadiços de madeira e de projectores, junto ao castelo; danos causados no pelourinho da vila; roubo de peças escultóricas da entrada do cemitério; danificação e roubo dos postes de madeira da ecopista; roubo de flores e floreiras, de tampas de sarjetas em metal, de instalações de semáforos, de sinalética e de contentores do lixo”. E presentemente, acrescenta, "estão a surgir pinturas de graffiti insultuosos, nomeadamente em paredes e nos túneis da ecopista".

O autarca explica que os atentados contra o património t&ec

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ