Desporto

A alegria do desporto regressa onde a festa do golo já se calou

4 abr 2019 00:00

Campo de futebol dos Milagres está a ser transformado numa pista de motocrosse. Deverá estar pronta no Verão.

Fotografia: Bruno Ferreira
Fotografia: DR
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O Grupo Recreativo dos Milagres disputou, sem grande sucesso, as competições distritais de futebol durante quase duas décadas. Entre 1979 e 1996, as derrotas foram mais do que as vitórias. Mais tarde, em 2009, a secção foi reactivada, mas perder continuou a ser corriqueiro e a experiência não durou mais do que duas temporadas.

E tudo parou. O pelado do Campo da Colónia tornou-se num verdadeiro matagal e perdeu qualquer utilidade. Até que, “há coisa de ano e meio”, um grupo de nove amigos resolveu tentar fazer algo daquele espaço onde em tempos eram dados uns pontapés na bola. Só que o André, o David, o Gerson, o Rodrigo, o Paulo, o Tiago, o Amílcar e os Diogos não pensam em futebol.

Eles são o colectivo MX456 e todos os fins-de-semana, pegam nas motos e vão lavrar. Desde pequenos que são “completamente loucos” por motocrosse, alguns entraram em provas pirata. À falta de grandes alternativas na região e porque nos pinhais “há sempre árvores em contramão”, decidiram avançar para a construção de um espaço dedicado à modalidade que os vicia.

“Tínhamos uma pista no meio do pinhal, mas fecharam o espaço e não nos deixaram andar mais”, explica André Calhelhas. “Começámos a ver onde conseguiríamos fazer uma pista. Falámos, falámos, até que alguém teve a ideia de fazermos no campo de futebol. Está abandonado há anos e resolvemos tentar.”

Contactaram o clube e a Junta de Freguesia, que os incentivaram. Trataram das burocracias e resolveram meter, literalmente, mãos à obra naquele espaço a outro onde os roncos dos motores também se fazem ouvir, o Kartódromo Internacional de Leiria. “Durante os fins-de-semana era este o nosso destino. Está ali muito trabalho nosso”, diz Rodrigo Jorge.

Enquanto ganhavam calos nas mãos e aguardavam a chegada das primeiras remessas de terra, resolveram desenhar a pista no computador. Pediram opinião ao campeão nacional, o leiriense Paulo Alberto, que apoiou a ideia e concordou com o

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