Economia
Albano Morgado, a empresa onde se produz burel, samarra e serrubeco
Com quase 90 anos de história, ainda hoje produz alguns dos tecidos com que iniciou a actividade
Num extremo entra lã em bruto, no outro sai uma gama variada de tecidos. Pelo meio, muita tecnologia e vários processos distintos.
A Albano Morgado, no concelho de Castanheira de Pera, é a última resistente daquele que foi em tempos um dos pólos mais importantes dos lanifícios em Portugal, onde chegou a haver 12 empresas do ramo.
Com quase 90 anos de história, ainda hoje produz alguns dos tecidos com que iniciou a actividade.É o caso do burel, da samarra e do serrubeco. “Penso que somos a única empresa do País a produzir este tipo de tecidos”, diz Albano José Morgado.
O presidente do Conselho de Administração explica que se trata de tecidos tradicionais, que em tempos eram usados para confeccionar agasalhos para pastores e outras pessoas que andavam expostas ao clima. Hoje, em Portugal, estes tecidos são usados para produzir capas para senhoras, samarras e capotes alentejanos. Mas a empresa de Castanheira também os vende para o estrangeiro.
Os mercados externos (cerca de 35 países) absorvem aliás 60% dos seus tecidos de lã. Suécia, Noruega, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Turquia e Egipto são alguns dos destinos.
A Albano Morgado é aquilo a que se chama uma empresa vertical, ou seja, assegura todo o processo implícito à transformação da lã em tecido. Tem por isso quatro secções distintas: cardação/fiação, tecelagem, tinturaria e acabamento. Além dela, só outra em Portugal o faz, diz Albano Morgado.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo