Sociedade
Beatificação de Lúcia nas mãos do Papa
Chegou ao fim a fase diocesana do processo de beatificação da irmã Lúcia, uma das três videntes de Fátima.
O dossier passa agora para a competência directa da Santa Sé e do Papa. A conclusão desta esta etapa do processo foi anunciada, na semana passada, pela Diocese de Coimbra.
Em comunicado, a instituição informa ainda que a sessão solene de encerramento do Inquérito Diocesano terá lugar a 13 de Fevereiro, dia em que se assinalam 12 anos da morte de irmã Lúcia, no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra.
A diocese explica ainda que o inquérito reúne “todos os escritos da irmã Lúcia” e “os depoimentos das 60 testemunhas ouvidas acerca da «fama de santidade e das virtudes heróicas» da religiosa”.
Após a sessão de clausura do processo, todo o material será entregue à Congregação das Causas dos Santos, em Roma, que lhe dá o seguimento. O processo de canonização teve início em 2008, três anos após a morte de Lúcia e depois de o Papa emérito Bento XVI ter concedido uma dispensa em relação ao período de espera estipulado pelo Direito Canónico (cinco anos).
Em declarações na Sala de Imprensa do Santuário o reitor diz que recebeu a notícia com "muita alegria" e que esta alegria "responsabiliza o Santuário e os seus peregrinos naquela que é a sua tarefa primordial, a oração".
"O desafio que deixo a todos é que rezem para que o processo chegue ao seu termo o mais depressa possível", acrescentou Carlos Cabecinhas. Por seu lado, a vice-postuladora da causa de beatificação da irmã Lúcia, Ângela Coelho, reconheceu que o processo demorou alguns anos por “causa da quantidade de documentos deixados e a necessidade de os trabalhar bem”.
“Cada página que a irmã Lúcia escreveu teve de ser minuciosamente analisada e estamos a falar de um universo de 10 mil cartas que conseguimos recolher e de um diário com 2000 páginas, para além de outros textos mais pessoais”, afirmou, citada por um comunicado do Santuário.
A vice-postulador nota ainda que o processo de beatificação tem de levar em conta que se está na presença de “uma mulher que viveu quase 98 anos, que se correspondeu com Papas, desde Pio XII até João Paulo II, com cardeais, bispos” e com muitas outras pessoas.
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