Economia

Campus Circular, o espaço onde nada se perde e tudo se transforma

26 abr 2022 13:00

Cerâmica de Leiria deixou de produzir tijolos e agora vai dar lugar a ateliers e armazéns

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Antigo secador está a ser transformado em espaços para ateliers e armazéns
DR
Raquel de Sousa Silva

Abandonada a produção de tijolo, as instalações da cerâmica Prélis, em Alcogulhe de Cima, concelho de Leiria, estão a ser desconstruídas e transformadas, dando lugar a ateliers, armazéns e escritórios.

A lógica da economia circular e do aproveitamento de materiais e equipamentos está subjacente ao projecto, denominado Campus Circular.

O secador de tijolo que existia na cerâmica está a ser transformado em ateliers.

Nesse processo, são reaproveitados vários materiais, como os painéis de lã de rocha que antes integravam as condutas de ar quente daquele equipamento, e que agora ganham nova vida, como divisórias dos ateliers.

Os antigos fornos estão igualmente a ser desconstruídos.

Alguns módulos estão a ser usados para fazer divisórias de espaços nas instalações da Prélis, outros serão aplicados na construção ou reconstrução de fornos de carvão na Azambuja, explica ao JORNAL DE LEIRIA Luís Ferreira, co-fundador do Campus Circular.

Também os tijolos que ainda havia em stock estão a ser reaproveitados na edificação dos ateliers e armazéns, enquanto outros estão a ser vendidos.

“Temos de usar melhor os recursos, sejam eles produtos, cujo fabrico implicou o consumo de energia, sejam eles equipamentos ou instalações”, defende o gestor.

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