Economia

Carolina Rodrigues: “Não temos previsão de obra ou presença em Marrocos, mas é algo que nos agradaria”

19 mai 2025 15:00

A administradora financeira do Grupo EST, conta como foi ver a empresa crescer nos últimos 35 anos, fala da expansão internacional e do aumento do volume de negócios

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Carolina Rodrigues
Fotografia: Rui Miguel Pedrosa
Jacinto Silva Duro

Como foi ver crescer uma “irmã” como a EST?
Cresci com a EST. Tinha seis anos quando foi fundada e faz parte das minhas memórias, desde muito cedo. Nas férias, vinha atender telefones, arquivar e varrer o chão. Cheguei a brincar numa secretária a fazer desenhos. Cresci num mundo empresarial e fui sempre acompanhando o crescimento da empresa. Este percurso é muito interessante, fascinante e motivo de muito orgulho. A título de curiosidade, encerrámos 2024 com uma facturação muito boa e um crescimento de 45%, relativamente a 2023. O volume de negócios do ano passado foi de 32 milhões de euros e o de 2023 tinha sido de 22 milhões.

Como foi a passagem desta empresa, que se dedica às áreas da electricidade industrial, automação e instrumentação, de um mercado regional, nacional e, agora, em vários continentes?
Foi natural. O Grupo EST foi sendo convidado por empresas nossas parceiras e clientes, para trabalhos noutros países e organizámo-nos, de forma a dar essa resposta, constituindo as devidas equipas, juntando os devidos recursos de forma controlada. Estabelecemos um bom relacionamento com os clientes e também com os nossos fornecedores, porque estamos a falar de obras grandes, onde existem várias empresas de várias especialidades e interagimos todos. Tem de haver aqui, portanto, um “estar profissional”, em simbiose, que nos permite ter boa reputação. Em Angola, a nossa entrada no mercado angolano foi feita de maneira diferente. Não fomos convidados por um cliente para fazermos uma obra, como aconteceu nas outras geografias. No ano de conclusão da minha licenciatura, tinha 23 anos, eu e o meu pai [Mário Rodrigues], fizemos um curso de internacionalização, e a EST foi identificada como case study e todos os indicadores da nossa empresa indicavam Angola como destino de negócios. Fomos sozinhos para lá, iniciámos tudo do zero e acompanho a ESTPOR, a nossa empresa lá, desde o seu nascimento.

É como se fosse uma filha?
Sim, é uma empresa especial, num mercado desafiante e a questão dos câmbios e da movimentação de divisas, limita-nos um pouco a presença e a expansão naquele mercado. Fazemos tudo com capitais próprios e a ESTPOR está a seguir o seu caminho. Temos equipas de trabalho angolanas e clientes e fazemos trabalho de grande peso e expressão nas áreas da manutenção eléctrica e das assistências técnicas. Além da vertente da comercialização de material eléctrico. Por falar nisso, vamos abrir agora uma nova loja, na Zona Industrial de Viana, junto a Luanda, num local privilegiado, junto de empresas clientes, com uma interessante dinâmica empresarial e perto da nossa sede. 

A nível europeu, estiveram envolvidos na criação de um data center para o TikTok, no norte da Europa, como está a correr a experiência na Europa?
Está a correr muito bem. É uma geografia totalmente diferente da de África. Já terminámos, com bastante sucesso, a empreitada do data center há oito meses. Foi um trabalho que durou dois anos. Em pouquíssimo tempo, conseguimos contratar boas pessoas, deslocá-las para o local da obra e realizámos os trabalhos. Continuamos a operar na Europa do norte e, inclusivamente, no fim-de-semana do 25 de Abril, estive na Suécia a tratar lá de trabalho na sucursal. Temos em mãos uma obra no país, através da EST Suécia, desde 2014. Estamos presentes numa obra em Gotemburgo, a segunda que temos nessa cidade, e estivemos em Estocolmo, em Øresund, em Uppsala e em vários outros locais. Estamos também presentes na Dinamarca, num mercado que nos interessa muito e noutros países nórdicos. 

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