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Casa Varela apresentada em Pombal como residência artística 'fora da caixa’
"A casa está pronta. Agora começam os desafios. Queremos que seja invadida e que as pessoas sintam que é um espaço de conforto, acolhimento e fruição", afirma Diogo Mateus
A Casa Varela foi hoje apresentada em Pombal como residência artística e como um espaço para acolher todas as criações artísticas, promovendo a diversidade e reforçando as redes de partilha com vista ao desenvolvimento do território.
O encontro com os jornalistas permitiu ainda dar a conhecer o director artístico do espaço, Filipe Eusébio.
“Não é um formato clássico. O espaço apresenta-se como multifunções culturais, onde se pretende explorar as potencialidades dos agentes e colectividades do concelho, não só do seu trabalho individual, como em conjunto”, disse o presidente do Município de Pombal, Diogo Mateus.
O autarca entende que o projecto Casa Varela funciona ao contrário: “Não é a Câmara que propõe e financia, mas parte dos agentes a apresentação de propostas”.
“A casa é um meio para a produção cultural e não o fim. Ali, todos têm oportunidade de desenvolver projectos. Não há nada – dentro da capacidade e das regras – que não possa ser aceite”, salientou Diogo Mateus.
A Casa Varela foi concebida para receber todo o tipo de artistas, permitindo que possam nascer novos projectos da rede entre os agentes.
“A ideia é pôr toda a gente a trabalhar em conjunto, dando corpo a projectos, sem diminuir a criatividade individual, de forma a contribuir para a progressão, crescimento e formação de novos projectos com programas nacionais e internacionais. É uma visão diferente que se molda às necessidades de cada um dos agentes”, informa o presidente.
Também pode ser espaço de um escritor consagrado, como de um iniciante de música. A versatilidade está na sua base.
A formação de públicos, a realização de masterclass, workshops ou conferências, a experimentação, a aprendizagem, a partilha de ideias, o treino, a correcção e o crescimento são tudo conceitos que entram na Casa Varela, um espaço 'fora da caixa’, que pretende ter a porta aberta a todos os que lá queiram entrar, garantiu Diogo Mateus.
“Não estaremos satisfeitos só por ter a casa cheia. Queremos que haja qualidade. A casa terá de ser um factor de criação. É um laboratório, uma escola, onde todos aprendem e ensinam e onde se poderá reforçar o espírito da comunidade”.
O presidente pretende ainda que o espaço tenha uma “missão pedagógica” e que possa aliar as vertentes de ensino à cultura, com actividades com as escolas ou com conferências, por exemplo, sobre “importância da música na matemática”.
O projecto permite ainda que se criem projectos em rede nacionais e até internacionais, possibilitando uma “capacidade de realização que nunca foi experimentada”.
Da partilha e da colaboração poderão nascer trabalhos “criativos”, “diversificados” e com “outra dimensão”.
Literatura, cinema, teatro, música, dança, qualquer que seja o género, tudo cabe na Casa Varela, reforçou Diogo Mateus.
Segundo o autarca, a Casa Varela poderá impulsionar o desenvolvimento de um território de criação, aproximando da cidade criativos do país e do mundo, complementando a programação cultural que já existe no concelho e que tem vindo a ter procura.
“A casa está pronta. Agora começam os desafios. Queremos que seja invadida e que as pessoas sintam que é um espaço de conforto, acolhimento e fruição. Estará sempre em construção em função da evolução da sociedade e das tendências”.