Viver

Celebrar 30 anos de uma ideia pioneira com a SAMP na vanguarda do ensino

5 nov 2022 14:00

Escola de Artes: a educação artística em família e desde as idades mais precoces, iniciada em 1992, ainda hoje coloca a SAMP como referência em Portugal e no estrangeiro

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Paulo Lameiro, Cristiana Lameiro e Alberto Roque, fundadores da Escola de Artes SAMP
Ricardo Graça

Imagine-se um país aquém da modernidade e uma ideia quase revolucionária a emergir nos arredores de Leiria: mais importante do que colocar músicos no palco é colocar a música (e a arte) na vida das pessoas.

“A grande inovação”, como lhe chama Alberto Roque, co-director pedagógico da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), materializa-se a 3 de Outubro de 1992 com a abertura da Escola de Artes SAMP e um plano de estudos que logo no começo junta a música com o teatro, a dança e a expressão plástica.

“Não havia nada semelhante”, comenta Cristiana Lameiro, professora que se mantém no projecto desde a fundação. “A Escola de Artes SAMP foi pioneira, não só neste arranque artístico multidisciplinar como quando baixámos as idades”. Inicialmente vocacionada para alunos a partir dos quatro, cinco e seis anos, abre-se muito cedo a bebés desde as primeiras semanas de vida, por influência do contacto com as teses do investigador Edwin Gordon. “E foi quando descobrimos o maravilhoso que é fazer música, teatro e dança em família”, diz a docente ao JORNAL DE LEIRIA. “Mudou o paradigma. Acabámos por desenvolver um metódo artístico que tem em conta a criança e o adulto. Toda a nossa Escola de Artes está pensada para que os pais possam assistir às aulas, e, até, também eles fazerem música”.

Agora a celebrar 30 anos - está agendado para o próximo domingo, 6 de Novembro, com início às 17 horas, o Concerto Solene do 30.º Aniversário da Escola de Artes SAMP, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria -, a Escola de Artes da SAMP é uma ideia do etnomusicólogo e antigo cantor lírico Paulo Lameiro, que trouxe para a aldeia e para a colectividade de onde é originário o ambiente qualificado e multifacetado que conhecia diariamente em Lisboa, no Conservatório Nacional, com turmas de cinema, teatro, dança e educação pela arte.

Paulo Lameiro tinha falhado a admissão no Conservatório Nacional para trompete, acabando por ser admitido no canto. A visão para Leiria passava por ir além da metodologia das filarmónicas e estabelecer na SAMP – onde já existiam grupos amadores de teatro e coro – um ensino com o foco no futuro e em idades mais precoces.

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