Viver

Ciclo Formativo Materiais da Dança – Materiais Diversos celebra o Dia Mundial da Dança

19 abr 2016 00:00

O ciclo Materiais da Dança – Materiais Diversos regressa este ano para sinalizar o Dia Mundial da Dança oferecendo oficinas intergeracionais e gratuitas, em Alcanena e Torres Novas.

ciclo-formativo-materiais-da-danca-materiais-diversos-celebra-o-dia-mundial-da-danca-3788

Com o objectivo de partilhar com todos os interessados referências importantes e úteis no campo da dança contemporânea, assim como as suas múltiplas manifestações Filipa Francisco orienta uma oficina para jovens e adultos, amadores de dança ou teatro, professores ou animadores sócio-culturais.  

No âmbito do Festival Materiais Diversos 2016, Filipa Francisco estreia, no Teatro Virgínia, o espectáculo Espiões, dedicado à construção e transmissão do vocabulário através da dança.  

De acordo com a disponibilidade, os interessados poderão frequentar a oficina de Filipa Francisco em dois locais e horários diferentes: A minha história da Dança, em Alcanena, no Cine-teatro São Pedro, terça-feira, dia 26 e quinta-feira, dia 28 de Abril, das 21 às 23:30 horas. A minha história da Dança, em Torres Novas, no Teatro Virgínia, na quarta-feira, dia 27, e sexta-feira, dia 29 de Abril, das 18 às 21 horas.  

Os interessados poderão inscrever-se até dia 22 de Abril (sexta-feira), através do email: inscricoes@materiaisdiversos.com

A minha história da Dança
“A ideia para esta oficina vem da prática de três anos com grupos folclóricos no âmbito do projecto “A Viagem”. Neste contexto, oriento sessões sobre a história da dança, escolhendo alguns dos artistas que, de alguma forma, provocaram rupturas no pensamento e nas práticas do corpo e do movimento. 

Aprofundar este tema tornou-se para mim essencial e manifesta-se agora através da criação de uma nova peça, Espiões. Esta é uma forma de me situar e de me reposicionar no meu próprio trabalho, abordar o passado para melhor compreender o presente. 

Como podemos então transmitir estas memórias e partilhar este património? Aquilo que proponho é levar os participantes a experimentar, no seu corpo, vocabulário e metodologias que, estando na base do meu trabalho, têm fontes específicas que me inspiraram.  

Assim, irei abordar com as pessoas a história da dança numa perspectiva subjectiva, através de artistas e espectáculos que me marcaram, principalmente 1980, de Pina Bausch que me acompanhou ao longo da vida e a que já recorri anteriormente nos projectos (R)existir (com e para reclusos) e a A Viagem(com e para grupos folclóricos).  

A oficina passa por transmitir uma frase coreográfica ou uma cena do espectáculo 1980, de Pina Bausch, e improvisar a partir dela.  

Depois de os participantes terem passado por esta experiência de apropriação e construção, poderemos visionar o vídeo do espectáculo e debater sobre as ideias de corpo e de dança contidas naquele espectáculo.  

Irei ainda mostrar vídeos de outros artistas também importantes no meu percurso, como: Birds, de Merce Cunnigham, e A classe morta, de Tadeus Kantor, bem como, possivelmente, Gust e Nossa Senhora das Flores, de Francisco Camacho, Shirtologia (Miguel), de Miguel Pereira, Pour Bien, de Sílvia Real, entre outros”, explica Filipa Francisco. 

Objectivos:
- Experimentar conceitos de improvisação, de construção e de desconstrução na composição cénica. - Reconhecer a dança contemporânea como património. - Introduzir os participantes no processo de trabalho do espectáculo Espiões.