Saúde
“Falar de alergias oculares é sinónimo de falar de conjuntivites”
Dulce CastanheiraAs alergias oculares afectam cerca de 20% da população. A oftalmologista identifica as principais causas e dá conselhos para as prevenir
Quais as alergias oculares mais frequentes?
São as conjuntivites alérgicas. Falar de alergias oculares é sinónimo de falar de conjuntivites alérgicas. É uma patologia que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva membrana que envolve o globo ocular -, provocada pela hipersensibilidade a um ou mais agentes externos.
Pode tratar-se de um episódio isolado ou de uma forma recorrente, dependendo da exposição ao factor desencadeante.
Os olhos aparecem inflamados, com prurido, lacrimejo, ardor e hipersensíveis à luz. Nas blefaroconjuntivites as pálpebras também se apresentam muito inflamadas.
Quais as principais causas/factores das doenças alérgicas oculares?
Os agentes causadores das alergias (alergenos), em pessoas susceptíveis, são variadíssimos: o pólen, o pó da casa, os ácaros, os pêlos dos animais (gatos, coelhos, cães ...), as penas das aves, picadas de insectos, cosméticos, fármacos (alergia ao princípio activo do medicamento) e alimentos (morangos, mariscos, chocolate …).
Como se dá a reacção alérgica?
O organismo reconhece o alergeno como uma substância estranha e, num segundo contacto, o sistema imunológico reage com a libertação de substâncias que alteram o normal funcionamento do organismo, dando origem à reacção inflamatória alérgica.
As alergias ocorrem com muita frequência em crianças, pois estas estão muitas vezes expostas aos alergenos, embora a alergia ocular possa aparecer em todas as idades. Estudos epidemiológicos referem uma prevalência de alergia ocular em 35% dos doentes com hipersensibilidade quando em contacto com alergenos.
As alergias oculares inserem-se muitas vezes em quadros clínicos mais vastos, como rinite, dermatites ou asma. Por vezes, existe uma tendência familiar para estas doenças. Nestes casos, dizemos que há um fundo atópico.
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