Desporto

FPF promove campeões distritais e cria 3.ª Liga em 2021/22

6 mai 2020 14:14

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai criar, em 2021/22, a 3.ª Liga, um novo terceiro escalão. Ao Campeonato de Portugal vão subir, já na próxima época, os campeões distritais, anunciou hoje o organismo.

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Nova divisão deverá marcar a separação entre futebol profissional e amador
FPF
Redacção/Agência Lusa

Em comunicado, a FPF dá conta da reestruturação do terceiro escalão do futebol nacional, abaixo das duas competições profissionais - 1.ª Liga e 2.ª Liga – e que, em 2020/21, irá contar com 96 equipas, mais 24 do que em 2019/20.

Este “alargamento” resulta da despromoção de duas equipas da 2.ª Liga, nomeadamente Cova da Piedade e Casa Pia, dos 70 emblemas que se mantiveram - não houve descidas aos distritais -, dos 20 promovidos das competições regionais e de quatro novas equipas B.

Os 96 clubes vão ser organizados em oito séries de 12 equipas, nas quais os campeões vão apurar-se para o acesso à 2.ª Liga, os quatro seguintes (do segundo ao quinto) para o acesso à 3.ª Liga e os últimos quatro (do nono ao 12.º) serão despromovidos aos distritais.

As duas vagas para o segundo escalão vão ser disputadas em duas séries de quatro equipas, subindo o vencedor de cada uma delas. Já o acesso à III Liga prevê oito séries de quatro clubes, colocando os dois primeiros na nova competição.

O número de clubes a disputar as competições não profissionais, 3.ª Liga e Campeonato de Portugal, vai “reduzir-se até 76”, em 2023/24.

De acordo com a FPF, a 3.ª Liga vai ser disputada por 24 clubes em 2021/22 e 2022/23, sendo reduzida a 20 em 2023/24, enquanto o Campeonato de Portugal vai contar com 60 em 2021/22 e 56 em 2022/23 e 2023/24.

De acordo com a FPF, este “amplo plano de emergência e reestruturação do terceiro escalão do futebol sénior masculino português” resultou “da reflexão dos últimos seis meses com as associações e demais sócios FPF”.

Aponta ainda como objectivos “assegurar o maior número possível de projetos equilibrados, aumentar a competitividade, melhorar a qualidade de jogo, aproximar os adeptos do futebol local e “criar espaços de desenvolvimento para o jovem jogador português”.

“A FPF acordou com o Sindicato dos Jogadores que os profissionais destas competições terão como valor de remuneração base o salário mínimo nacional [atualmente 635 euros]. Além desta medida, a taxa de jogo sofrerá uma redução significativa e haverá ajustes no valor de inscrição de jogadores”, conclui o organismo que dirige o futebol português.

Face à pandemia de covid-19, as competições nacionais e distritais de futebol, exceto a 1.ª Liga e a Taça de Portugal, foram concluídas precocemente.