Sociedade
Leiria ficará a 40 minutos de Lisboa com futura linha de alta velocidade
Região de Leiria integrará a segunda fase do projecto, entre Soure e Carregado, cuja conclusão é apontada para 2030.
A futura linha de alta velocidade vai colocar a cidade de Leiria a 40 minutos de Lisboa e vai contemplar uma estação no concelho, que servirá também a Linha do Oeste. A solução foi avançada esta quarta-feira, durante a apresentação da nova Linha de Alta Velocidade, Porto – Lisboa, que decorreu no Porto. Leiria fará parte do troço Soure-Carregado, o segundo a avançar, que deverá estar concluído em 2030.
Presente na sessão, o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, considera que este investimento, ao colocar Leiria “a apenas 40 minutos de distância de Lisboa”, representará “uma verdadeira revolução na nossa relação com a capital”.
Citado numa nota de imprensa da autarquia, Gonçalo Lopes diz “tratar-se de um projecto de enorme importância para o futuro do país e muito em especial para Leiria, que regista uma redução de duas horas e trinta minutos na deslocação para Lisboa e duas horas e sete minutos para o Porto, de comboio”.
Segundo o autarca, “em breve” será dado início aos trabalhos para a definição da configuração estação, que apresenta “a especificidade de fazer a articulação com a Linha do Oeste que vai estabelecer ligação à Linha da Alta velocidade através de Leiria”.
A nova linha de alta velocidade terá via dupla e ligará o Porto e Lisboa numa hora e 15 minutos. Na apresentação realizada esta manhã, Carlos Fernandes, do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal (IP), revelou que a linha vai permitir "triplicar" a oferta, disponibilizando 60 serviços diárias, assim como a procura, estimando a Infraestruturas de Portugal (IP) que o número de passageiros passe de seis para 16 milhões.
Numa primeira fase, será construído o troço entre Porto e Soure, estando Leiria integrada no segundo troço, entre Soure e o Carregado, que deverá estar concluído em 2030, seguindo-se um terceiro troço até Lisboa.
Os estudos prévios e o Estudo de Impacto Ambiental relativos ao primeiro troço serão submetidos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) "até ao final de Outubro" e os documentos relacionados com o segundo troço "até ao final de Novembro", avançou o representante da IP.