Economia
Lojistas dos shoppings reclamam ajustamento no valor das rendas
Propõem valor variável sobre as vendas. Queixam-se que se não houver ajustes nas rendas muitas empresas poderão não sobreviver
Os lojistas dos shoppings queixam-se que se não houver ajustes nas rendas muitas empresas poderão não sobreviver. “Não faz sentido termos de pagar as rendas como se estivéssemos num cenário normal. Nem sequer sabemos quando é que o cenário voltará ao normal”, afirma Helder Narciso, responsável pelo grupo Narciso, que tem lojas em centros comerciais em Leiria, Caldas da Rainha e Torres Novas.
A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR), criada recentemente para juntar um sector que representa mais de 100 mil postos de trabalho e um volume de negócios superior a 10 mil milhões de euros, acusou na semana passada os senhorios de “falta de solidariedade” para com os arrendatários, argumentando que por cada 175 mil euros de prejuízo os proprietários têm apenas mil euros.
Um “desequilíbrio insuportável”, frisa a associação, lembrando que as lojas instaladas nos shoppings estão fechadas desde meados de Março (no âmbito do plano de desconfinamento apresentado pelo Governo, prevê-se a sua reabertura na próxima segunda-feira), mas “as despesas comuns” dos centros comerciais continuaram a ser pagas pelos lojistas.
Alegam ainda que o encerramento das lojas não significa que não existam despesas fixas. “Além das rendas (33% da despesa média de cerca 75 mil euros nos dois meses e meio de encerramento), os lojistas pagam aos colaboradores (28%), incluindo os do lay-off, a mercadoria perdida (16%), os custos fixos (14%) e suportam outras despesas (9%)”, apontam em comunicado.
“O que temos pedido é que as rendas sejam variáveis sobre o valor das vendas depois da abertura”, diz Helder Narciso, frisando que se antevê um arranque muito lento nos negócios. “O que vejo é que estamos todos sem liquidez para assumir co
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