Sociedade
Mais recreio e menos cultura de nota. Assim é a escola amiga da criança
Porque “há vida além das notas”, o projecto Escola Amiga da Criança distingue estabelecimentos com boas práticas ao nível do recreio, da qualidade da alimentação, da cidadania ou da inclusão.
Detestados por uns, defendidos por outros, os rankings das escolas, feitos com base nos resultados dos exames, têm, ao longo dos anos, gerado muito polémica.
Se é verdade que, cada vez mais, se ouve - mesmo da parte de representantes de estabelecimentos que figuram nos lugares cimentos - que os “rankings valem o que valem”, numa tentativa de os desvalorizar, também não é menos verdade que continuam a ser usados para atestar a “qualidade” das escolas.
Quem os contesta, critica o facto de avaliarem unicamente a aquisição de determinados conteúdos e conhecimentos, deixando de fora toda a educação, com tudo o que isso implica.
Não se avalia, por exemplo, o que se aprende a fazer e a conhecer, os valores que se adquirem, as ferramentas que se ganham, as competências que se conquistam ou as experiências que se vivem.
É precisamente isso que pretende evidenciar o projecto Escola Amiga da Criança, que vai entrar agora na segunda edição e que nasceu para subverter a filosofia dos rankings baseados nas notas. O mentor da ideia é o psicólogo Eduardo Sá, que lançou o desafio à Confap – Confederação Nacional das Associações de Pais - e à editora Leya para criarem este concurso.
Logo na primeira edição surgiram mais de mil candidaturas, com a distinção de cerca de 300 estabelecimentos de ensino que receberam o selo de Escola Amiga da Criança, por concretizarem ideias de “excelência” em áreas como a alimentação, higiene e ambiente, espaços de convívio e de recreio, cidadania e inclusão digital ou segurança.
Na região foram distinguidos cerca 20 projectos e atribuídas duas menções honrosas às escolas EB de Alvaiázere e à EB 2,3 D. Afonso IV Conde de Ourém.
“As escolas têm de ser muito mais do que a obsessão cega pelos rankings. Com essa paranóia, não paramos para perceber que os alunos trabalham de mais. Muitos saem de casa às oito da manhã e entram às 20 horas”, afirma Eduardo Sá, que defende que há uma necessidade “absoluta” de repensar a escola.
“Temos alunos do século XXI, com uma escola que, em muitos aspectos, segue modelos d
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