Sociedade

Mais recreio e menos cultura de nota. Assim é a escola amiga da criança

28 fev 2019 00:00

Porque “há vida além das notas”, o projecto Escola Amiga da Criança distingue estabelecimentos com boas práticas ao nível do recreio, da qualidade da alimentação, da cidadania ou da inclusão.

mais-recreio-e-menos-cultura-de-nota-assim-e-a-escola-amiga-da-crianca-9939
Maria Anabela Silva

Detestados por uns, defendidos por outros, os rankings das escolas, feitos com base nos resultados dos exames, têm, ao longo dos anos, gerado muito polémica.

Se é verdade que, cada vez mais, se ouve - mesmo da parte de representantes de estabelecimentos que figuram nos lugares cimentos - que os “rankings valem o que valem”, numa tentativa de os desvalorizar, também não é menos verdade que continuam a ser usados para atestar a “qualidade” das escolas.

Quem os contesta, critica o facto de avaliarem unicamente a aquisição de determinados conteúdos e conhecimentos, deixando de fora toda a educação, com tudo o que isso implica.

Não se avalia, por exemplo, o que se aprende a fazer e a conhecer, os valores que se adquirem, as ferramentas que se ganham, as competências que se conquistam ou as experiências que se vivem.

É precisamente isso que pretende evidenciar o projecto Escola Amiga da Criança, que vai entrar agora na segunda edição e que nasceu para subverter a filosofia dos rankings baseados nas notas. O mentor da ideia é o psicólogo Eduardo Sá, que lançou o desafio à Confap – Confederação Nacional das Associações de Pais - e à editora Leya para criarem este concurso.

Logo na primeira edição surgiram mais de mil candidaturas, com a distinção de cerca de 300 estabelecimentos de ensino que receberam o selo de Escola Amiga da Criança, por concretizarem ideias de “excelência” em áreas como a alimentação, higiene e ambiente, espaços de convívio e de recreio, cidadania e inclusão digital ou segurança.

Na região foram distinguidos cerca 20 projectos e atribuídas duas menções honrosas às escolas EB de Alvaiázere e à EB 2,3 D. Afonso IV Conde de Ourém.

“As escolas têm de ser muito mais do que a obsessão cega pelos rankings. Com essa paranóia, não paramos para perceber que os alunos trabalham de mais. Muitos saem de casa às oito da manhã e entram às 20 horas”, afirma Eduardo Sá, que defende que há uma necessidade “absoluta” de repensar a escola.

“Temos alunos do século XXI, com uma escola que, em muitos aspectos, segue modelos d

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ