Sociedade
Meia centena de participantes exploram floresta autóctone em Ansião
Caminhada encerrou a terceira edição da Congresso da Bolota de Sicó
"Em Portugal, actualmente, são abatidas mais árvores do que aquelas que são plantadas e isso faz prever um futuro muito mau": O alerta foi feito esta manhã pelos especialistas que guiaram um passeio pedestre pela floresta, na freguesia de Alvorge, no concelho de Ansião.
Com o mote ‘caminhada das bolotas’, a iniciativa convidou cerca de meia centena de pessoas a plantar bolotas numa das últimas manchas de floresta autóctone do Centro de Portugal.
Numa descoberta científica e lúdica, por entre carvalhos monumentais, alguns com mais de 30 metros de altura, os participantes conheceram as particularidades da floresta de origem portuguesa, aprenderam como valoriza-la economicamente e como a podem proteger da destruição a que está sujeita.
“É urgente preservar estas árvores porque são carvalhos únicos, representantes da junção entre duas espécies, o cerquinho e o alvarinho”, sublinharam os guias da caminhada, o engenheiro silvicultor Rui Queirós, a bióloga Sofia Quaresma e o geógrafo João Forte.
A iniciativa encerrou a terceira edição do Congresso da Bolota de Sicó, promovido este fim-de-semana, em Ansião.
O encontro, que reuniu cerca de uma dezena de especialistas, foi palco do colóquio ‘A bolota na economia do século XXI’, ontem, no auditório municipal.