Sociedade

Mira de Aire vai reaver antigo campo da Fiandeira para parque de lazer

24 dez 2024 10:30

Existe ainda perspectiva de o Município de Porto de Mós negociar o edifício da antiga fábrica Fiandeira Mirense para criar habitação e espaço de coworking

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Campo da Fiandeira está há anos na posse do Estado
Maria Anabela Silva
Maria Anabela Silva

Depois de anos de impasse, há luz verde para o antigo campo de futebol da Fiandeira ser devolvido à população de Mira de Aire. O objectivo é que este espaço emblemático da vila seja transformado numa zona de lazer.  

Segundo revelou o presidente da Câmara de Porto de Mós, na última reunião de executivo, realizada em Mira de Aire, a autarquia conseguiu chegar a acordo com o Instituto de Gestão Financeira (IGF) da Segurança Social, que detinha 58% do espaço e que aceitou vender a sua parte por 105.570 euros. A Autoridade Tributária já tinha cedido o restante.

“Finalmente temos acordo”, assinalou Jorge Vala, assumido que o objectivo passa agora por avançar com o projecto para a criação de um parque de lazer no local, “eventualmente adaptando a proposta do estudo prévio apresentado em 2019”. 

Alcides Oliveira, presidente da Junta de Mira de Aire, lembra que “há muito que os mirenses têm a aspiração a que o campo da Fiandeira seja disponibilizado à população, para um projecto de referência” para a comunidade. 

Coworking e habitação na antiga fábrica 

Na mesma reunião de câmara, Jorge Vala revelou que existe ainda perspectiva de o município negociar o edifício da antiga fábrica Fiandeira Mirense, que está devoluto há vários anos e que é também património do IGF da Segurança Social, cujo preço base está fixado em “cerca de 500 mil euros”. “Vamos tenta negociar porque é um edifício que nos interessa”, avançou.  

Neste caso, a intenção da autarquia é transformar parte do edifício num espaço de coworking e o restante em habitação. “É um projecto interessante sob o ponto de vista arquitectónico, mas que não será concretizado no imediato, porque temos de encontrar fundos comunitários”, assume o autarca, reconhecendo que, se para o cowoking há possibilidade de recorrer ao financiamento do Portugal 2030, para a habitação é “mais difícil”, já que “o dinheiro do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] não é infinito”.