Sociedade

Missão: geminar as 35 cidades amazónicas com nomes portugueses

19 ago 2025 14:00

Em Junho de 2026, está prevista para o Estoril uma nova edição do Fórum Amazónia Lusitânia, que trará a Portugal representação das 35 localidades amazónicas

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Muitas cidades conservam património histórico português
Rui Miguel Pedrosa
Claúdia Gameiro

Ourém, Óbidos, Porto de Moz, Vigia da Nazaré, Alcobaça (regressou ao nome indígena Tucuruí), Almeirim, Santarém, Salvaterra, Alenquer, Alter do Chão, Aveiro, Baião, Barcarena, Beja, Belém, Bragança, Chaves, Colares, Faro, Monte Alegre, Melgaço, Odivelas, Oeiras, Portel, Soure, Souzel (hoje Senador José Porfírio), Vila do Conde, Viseu, Barcelos, Borba, Silves, Caxias, Cantanhede, Guimarães e Viana do Castelo.

Estas são as 35 cidades na Amazónia que receberam nomes de localidades portuguesas a partir do século XVIII, no Pará, Amazonas e Maranhão. Muitas eram fortes ao longo do rio Amazonas e conservam património histórico português.

O projecto de José dos Santos, 68 anos, é geminar todas elas com as congéneres portuguesas. Assessor do prefeito de Ourém do Pará e vice-presidente do Instituto Amazónia – Lusitânia, José dos Santos é o único lusitano a viver na localidade.

Há uma década começou a trabalhar no departamento de turismo e iniciou o processo de geminação com Ourém de Portugal, desejando agora alargar o modelo às restantes cidades que partilham a toponímia.

A pandemia e as eleições autárquicas estagnaram o projecto quando este já tinha dado alguns passos em 2019. Conforme constata José dos Santos, a relação geminatória começa na relação entre prefeito e presidente de câmara. Se uma das figuras sai de cena antes de se criar uma estrutura alargada de compromisso, as intenções tendem a morrer.

Depois do sufrágio de Outubro serão retomados os contactos. A ideia passa por “compartilhar Portugal com o Brasil”, criando parcerias socioeconómicas.

Para já, em Junho de 2026, está prevista para o Estoril uma nova edição do Fórum Amazónia Lusitânia, que trará a Portugal representação das 35 localidades amazónicas, as quais terão oportunidade de mostrar os seus atractivos. “O rio era a estrada. O baixo Amazonas tem uma beleza extrema em termos de atractivos culturais”, realça.

O vice-consulado de Portugal em Belém encontra-se a articular estas dinâmicas e as prefeituras do Brasil já estão envolvidas. Faltam as portuguesas.