Legislativas 2024

Mortágua defende que só força do BE e maioria de esquerda podem salvar SNS

25 fev 2024 18:30

Em visita à Marinha Grande

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Mariana Mortágua esteve hoje na Marinha Grande
Fotografia: facebook Bloco de Esquerda
Redacção/Agência Lusa

A coordenadora bloquista considerou hoje, em visita ao SAP na Marinha Grande, que só com a força no BE e uma “maioria de esquerda que dê estabilidade ao País” é que se salvará o SNS, um sector no qual o líder socialista reconheceu haver problemas.

Mariana Mortágua começou o primeiro dia oficial da campanha para as eleições legislativas no Centro de Saúde da Marinha Grande, onde teve uma reunião com a comissão de utentes para ouvir as preocupações desta estrutura.

“Quem reconheceu que as coisas não estão bem no SNS foi o secretário-geral do Partido Socialista, porque elas, de facto, não estão bem. O Bloco de Esquerda alertou, quando saímos da pandemia, para a necessidade de investir no SNS [Serviço Nacional de Saúde], para evitar o que infelizmente aconteceu: a saída de profissionais e a degradação do serviço”, declarou aos jornalistas.

Para a bloquista, a questão é como, a partir do dia 10 de Março, se conseguem pôr em prática as “soluções para salvar o SNS”.

“E a resposta a essa pergunta é uma maioria com a esquerda que dê estabilidade ao País, mas a estabilidade vem das medidas que permitem ter equipa de saúde familiar de proximidade e é a força do Bloco de Esquerda que pode garantir isso, são os votos no Bloco de Esquerda que podem garantir essas soluções e essa é a nossa batalha nestas eleições”, defendeu.

Mais do que apontar o que está errado no SNS, Mariana Mortágua mostrou preocupação nas soluções que é preciso encontrar, deixando claro que “há dois caminhos que não funcionam”.

“Não funciona o sistema do cheque para ir ao privado (…) isso é um sistema espartilhado, mais caro, e, em parte, a raiz dos problemas que, hoje, existem no SNS tem mesmo a ver com isso. Com o cheque privado, em vez de se conseguir um SNS mais abrangente e mais capaz”, criticou.

No entanto, de acordo com a líder bloquista, “não funciona a resposta que a maioria absoluta do PS deu”, que passou por “reorganizar serviços quando não vai à raiz dos problemas que é falta de recursos”, criticando a “falta de visão” para se conseguir “alargar o SNS” e dar-lhe “um novo fôlego”.

“E o objectivo do Bloco de Esquerda nestas eleições é ganhar, e ganhar quer dizer duas coisas: quer dizer uma maioria com a esquerda e só uma maioria com a esquerda garante estabilidade ao país e só uma maioria com a esquerda garante que pomos a saúde primária em primeiro lugar, garante médico de família, enfermeiro de família e equipa de saúde familiar”, reiterou.

Mortágua acrescentou ainda que “só uma maioria com a esquerda pode significar e significa que a prestação da casa vai baixar e que vai haver tecto nas rendas”, considerando essencial a força do BE para essa maioria.

“Combatemos a pandemia porque tínhamos um SNS que foi capaz de dar resposta e merecia muito mais depois da pandemia. Os profissionais mereciam muito mais do que aquilo que tiveram. O Bloco de Esquerda bateu-se por isso e vai continuar a bater-se por isso, e são os votos no Bloco que decidem se é possível e vai ser possível ter medidas para responder pelo SNS e ter um serviço público que responda pelo país”, apelou.

Na véspera, num comício em Viseu, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, apesar de reconhecer que não está “tudo bem” no SNS, defendeu que ainda há poucos dias o SNS demonstrou estar na “ponta da tecnologia” quando houve o primeiro transplante hepático com recurso a cirurgia robótica na Europa, no hospital Curry Cabral.

“Ninguém se engane: temos de os travar, a eles todos juntos - a AD, IL e Chega -, se quisermos salvar o SNS em Portugal”, afirmou