Sociedade

Novas tecnologias transformam casa-museu de Óbidos em casa assombrada até Janeiro

23 dez 2016 00:00

Os visitantes podem encontrar, por exemplo, objectos projectados a partir de hologramas ou camas que se movimentam sozinhas.

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A Casa-Museu de Maria José Salavisa, em Óbidos, foi transformada numa casa assombrada onde, até ao dia 1 de Janeiro, os visitantes podem invocar fantasmas e conhecer superstições ancestrais através de novas tecnologias interactivas.

O projecto, denominado The nigtmare experience, propõe “uma aventura assustadora” aos visitantes que se disponham a percorrer a Casa do Arco, onde em tempo viveram a arquiteta e decoradora de interiores Maria José Salavisa e o autor de cenários e figurinista Abílio de Mattos Silva.

O imóvel foi doado à autarquia de Óbidos para ali instalar uma casa-museu.

A ideia, desenvolvida por duas empresas de novas tecnologias e gestão de marcas, tem como ponto de partida a obra de Charles Dickens “Um conto de Natal”, em que um avarento é visitado por três espíritos.

Em Óbidos, onde a experiência é integrada no evento Vila Natal, a personagem é substituída por “uma bruxinha” que conduz famílias por “uma experiência mais suave”, explicou à Lusa Paulo Bica, responsável pelo projecto.

O “verdadeiro pesadelo” vive-se a partir das 15:00, quando a casa se transforma para “uma experiência mais para adultos”, com direito a amuletos de proteção para percorrer a casa assombrada por uma família desaparecida e uma criada decapitada.

São simuladas manifestações paranormais através “das últimas tecnologias na área das interfaces interactivas, suportes digitais 3D, hologramas e tecnologias de reconhecimento, entre outras, usadas para provocar o susto e proporcionar uma experiência única”, acrescentou Paulo Bica.

A experiência, iniciada com uma visita a um espaço museológico que reúne “os 10 objectos mais assombrados de Portugal” prossegue com uma viagem virtual ao mundo da superstição, em que fantasmas e ‘poltergeist’ (entidades maliciosas e agressivas, que se alimentam das emoções e medos que causam) são evocados por computador.

Os visitantes podem encontrar, por exemplo, objectos projectados a partir de hologramas ou camas que se movimentam sozinhas.

O espaço, onde podem ser vistos fantasmas “em 360º” – em televisões que são portais para o ‘além’ ou quadros em que os retratados de mexem - pode ser visitado até ao final da Vila Natal, a 1 de Janeiro de 2017, no âmbito de uma parceria entre a empresa Óbidos Criativa (organizadora do evento) e as empresas.

Para próximas edições estão a ser preparadas “novas experiências”, que poderão passar, por exemplo, por “um globo de neve gigante, onde os visitantes poderão rolar sendo fotografados ao longo do movimento”, revelou Paulo Bica.

Jornal de Leiria/Agência Lusa