Abertura

O dia em que a população acorreu a Monte Real para pôr fim à ocupação da BA5

28 nov 2024 08:00

No ano em que, pela primeira vez, o 25 de Novembro foi assinalado com uma sessão solene no Parlamento, o JORNAL DE LEIRIA recorda, pela voz de alguns protagonistas, o papel que a região teve nesses acontecimentos

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Na Bajouca, onde José Soares mobilizou a população, há um monumento que evoca a acção popular
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

As notícias chegaram às primeiras horas da manhã daquele dia 25 de Novembro de 1975. Nessa madrugada, grupos de pára-quedistas ocuparam as bases aéreas de Monte Real, Montijo, Tancos e Monsanto, o Estado Maior da Força Aérea e a sede da Primeira Região Aérea. Estava em marcha uma revolta, com os militares em causa a insurgirem-se contra a nomeação de Vasco Lourenço, do chamado Grupo dos 9, os moderados, para comandante da Região Militar de Lisboa, substituindo Otelo Saraiva de Carvalho.

“Em Monte Real, o comandante da base, coronel Fernando Seabra, era detido pela manhã pelos revoltosos que, entre os pára-quedistas ocupantes, ‘cerca de 25’, e os militares e civis que se juntaram à luta dentro da Base Aérea nº 5 (BA5), não chegavam a 50 pessoas”, relata Tiago Gomes, num trabalho académico sobre a importância desta base no desenrolar dos acontecimentos do 25 de Novembro.

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