Sociedade
Obras de 2,6 milhões de euros levam saneamento à Redinha, Pombal
Investimento inaugurado, esta terça-feira, pela ministra do Ambiente, concretiza aspiração antiga da população

Na terça-feira, dia 8 de Julho, foram inauguradas um conjunto de obras de saneamento básico na freguesia da Redinha, a norte do concelho de Pombal, por parte da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Totalizando um valor de cerca de 2,6 milhões de euros, a obra, nas palavras do presidente da Câmara de Pombal, Pedro Pimpão, ultrapassa “tubos e infra-estruturas enterradas”, representando um contributo para a “saúde pública, qualidade de vida, respeito pelo ambiente e justiça territorial” e concretizando "uma aspiração antiga da população".
Além de aumentar em 243% a cobertura de saneamento básico na freguesia, a empreitada efectivou a desactivação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e de sistemas obsoletos. Desta maneira, “assegura a protecção dos solos, linhas de água e aquíferos”, juntamente com “uma gestão ambiental mais eficiente e responsável”, realça o presidente do município
O autarca refere que o investimento, ao garantir o “acesso a redes de saneamento eficazes e a um serviço público de qualidade” a mais famílias, oferece “resposta a uma aspiração antiga da população”. Trata-se de “criar condições para fixar população, atrair um investimento, promover o turismo sustentável e preservar o nosso maior património: o território e as suas pessoas”, referiu Pedro Pimpão.
A ocasião serviu de pretexto para o autarca referir que no actual mandato já terão sido executados “cerca de nove milhões de euros no alargamento da rede de saneamento básico”, traduzidos em “88 quilómetros de condutas e mais de 2.000 novos ramais”, num “trabalho de continuidade” que promete não ficar por aqui.
A obra - “invisível à vista, mas essencial à vida”, como defendeu Pedro Pimpão – foi o produto do “esforço conjunto” dos municípios de Pombal e de Soure, da Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) e da Junta de Freguesia de Redinha, que se juntaram, no entendimento de Mário Jorge Nunes, presidente da Câmara de Soure, para um mesmo desígnio: o de “salvar o Rio Anços”.
Para a ministra do Ambiente, o projecto, resultante de “uma verdadeira parceria entre dois municípios [Pombal e Soure]”, constitui “um exemplo de boas práticas” a replicar “em todo o País”, dados os “benefícios claros” dele resultantes para os habitantes de ambos os concelhos.
Na sua intervenção, a governante salientou que esta cooperação intermunicipal aumenta “em quase 1.200 pessoas o número de habitantes abrangidos por saneamento” e soluciona “o problema da ETAR da Redinha” que, além de se encontrar “no limite da sua capacidade de vida útil”, consubstanciava “um risco ambiental, dada a sua proximidade com o rio Anços”. Maria da Graça Carvalho conclui afirmando que a rede de saneamento “serve as populações, mas também a protecção e valorização dos recursos naturais desta região”.