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Orfeão oferece dois dias de dança e música à beira-rio
O 'Festival Beira Rio', em Leiria, é uma montra onde cerca de 400 alunos das escolas de dança e música do Orfeão de Leiria vão poder mostrar, nos dias 10 e 11 de Junho, o trabalho desenvolvido ao longo do último ano lectivo
No Festival Beira Rio, integrado na programação do Festival Música em Leiria, organizado pelo Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes, os jovens alunos do estabelecimento de ensino artístico vão mostrar o resultado de nove meses de aulas de dança e música.
O público pode assistir às actuações no Teatro José Lúcio da Silva, no anfiteatro e Jardim de São Francisco, junto à igreja com o mesmo nome, no Museu de Leiria (Convento de São Francisco) e Museu do Moinho do Papel.
"Desafiámos os nossos alunos a sair da sua zona de conforto, que é a sala de aula, com boas condições acústicas e de desempenho, e irem para a rua mostrarem-se ao público, acabando em festa o cansativo ano lectivo", explica Mário Teixeira, responsável pela Escola de Música do Orfeão de Leiria (EMOL).
O Jardim da Vala Real, também no Circuito Polis Leiria, foi o primeiro local anunciado como palco do evento, contudo, dado o mau estado do local, aliado às dificuldades em conseguir levar equipamentos para aquele espaço ribeirinho, a organização resolveu mudar o evento para montante, na margem esquerda do Rio Lis.
No dia 10, sábado e feriado Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Beira Rio arranca com a actuação dos jovens da Escola de Dança do Orfeão de Leiria (EDOL).
"Iniciamos com o espectáculo O Principezinho, às 17:30 horas, no palco do Teatro José Lúcio da Silva. Vamos ter ali toda a escola de dança, tanto o ensino articulado, como os cursos livres, com coreografias de estilos clássico e contemporâneo, expressão criativa e jazz. Todos os alunos, dos 3 aos 16 anos, participam nessa actuação", conta Ana do Vale, responsável pela EDOL.
A opção por um espaço coberto prende-se com a necessidade de ter uma maior dinâmica e melhores condições para acolher os jovens bailarinos. "A logística para ter os bailarinos e os seus familiares no Jardim de Santo Agostinho seria um pesadelo".
Terminado o espectáculo no Teatro José Lúcio da Silva, que contará com uma segunda parte, após O Principezinho, constituído por "coreografias soltas" que os alunos trabalharam ao longo do ano, o Beira Rio avança pela noite junto ao convento de Santo Agostinho.
A opção por começar mais tarde do que é costume esta grande festa anual, que vai já na sua quarta edição, prende-se com o facto de, no Dia de Portugal, estarem programadas muitas outras actividades de cariz cultural em Leiria.
Música ao pôr-do-sol
Com a partida do astro-rei, o Orfeão de Leiria mostra-se em todo o seu esplendor. Foram chamados à selecção mais de uma centena de compositores, entre clássicos e contemporâneos e as suas obras.
Portugueses como Pinho Vargas e estrangeiros como Bach, Schuman, Haydn, Mahler ou Mozart e estilos como o jazz ou até o pop dos Beatles e o gospel norte-americano vão apresentar- se, pela mão dos jovens alunos, ao público nos dois dias do festival. O Coro do Orfeão de Leiria (acima), que está na génese da instituição é o primeiro a actuar.
Segue-se a Orquestra de Sopros, agrupamento do estabelecimento de ensino artístico, que conta com o maior número de elementos. Agendada está também a actuação do Conservatório Sénior, que é dos grupos mais recentes no Orfeão, de uma camerata de cordas, que faz parte da Orquestra Luís Freitas Branco, e ainda um septeto de jazz, mais uma aposta recente da EMOL.
"Conta com alunos muito empenhados e interessados no jazz que, após a actuação, convidam quem quiser a participar numa jam session. Só precisa de levar o seu instrumento", explica Mário Teixeira. O primeiro dia termina assim numa nota mais livre.
Domingo de dança, música e piquenique
No segundo e último dia do Festival Beira Rio, as actuações dos jovens artistas do Orfeão distribuir-se-ão pelo Jardim de Santo Agostinho, Museu do Moinho do Papel e Museu de Leiria.
Os dois últimos locais destinam-se a concertos e recitais musicais com uma nota mais intimista, onde o artista comunga com o público a envolvência no espaço performativo. São o espaço apropriado para as actuações de violinos, violetas, acordeão, violoncelo, flautas, harpa, trompa, trombone e guitarras clássicas.
"A Sala do Capítulo do Museu de Leiria e a do Moinho do Papel são muito interessantes porque têm uma acústica boa." Praticamente, todas as classes vão actuar neste dia. Ao todo, o Orfeão ensina 22 instrumentos e quase todos eles vão fazer-se ouvir durante o dia 11, entre as 10 e as 19 horas.
"Após a actuação da orquestra de sopros, pensei que deveríamos encerrar o ano lectivo e a seguir fazer um piquenique partilhado à hora de almoço", conta o responsável pela EMOL, lembrando que, as actuações musicais decorrem ao longo do resto do domingo.
DIA 10 DE JUNHO
Teatro José Lúcio da Silva
17:30 horas Espectáculo de dança O Principezinho
Jardim de Santo Agostinho
19 horas Coro do Orfeão de Leiria
20 horas Orquestra de Sopros
21 horas Conservatório Sénior
22:30 horas Encerramento/Septeto de Jazz
DIA 11 DE JUNHO
Jardim de Santo Agostinho
10 horas Coros da EMOL e actuações dos alunos
19 horas Big Band
21:30 horas Encerramento/Quinteto de Jazz
Museu do Moinho do Papel
10 horasMúsica antiga e actuações de alunos
19:30 horas Fim das actuações
Museu de Leiria
10 horas Ensemble e Orquestra de Guitarras
da EMOL
18:45 horas Fim das actuações