Viver
Palavra de Honra | "Eu é mais bolos!"
Nuno Gaivoto, artista plástico
Já não há paciência… para o politicamente correto, do dizer apenas o que tem que ser dito, do que esperam que seja dito sobre aquela causa do momento, a imagem partilhada por todos e a moldura nas redes sociais, e se não segues a manada, acabas por ficar solitário e sem palavra...(esperem pelo final deste texto, vão compreender, onde quero chegar)...
Detesto… quem não faz pisca para mudar de direção... palavra de honra dá-me vontade de... palavra de honra... segurem-me que eu não aguento.
A ideia… é aproveitar o confinamento para ver todas as séries e os filmes melhores em maratona, em pijama, sem banho e com meias às bolinhas... beber cerveja em loop também não parece mal, mas o que ia agora era uma bola de Berlim... Só como no verão, parece que não puxa durante o resto do ano, não é?! conversa roubada entre duas rodadas de creme Nivea em plena praia...
Questiono-me… se estamos mesmo todos juntos...tal como dizia o outro eu é mais bolos
Adoro… pregar um bom susto, mas tem que ser fisicamente falando, o bom susto por Whatsapp não tem suficiente creme para pregar nódoa, e pregar nódoa pode arreliar o mais branco dos brancos (refiro-me à cor entenda-se), embora a original tenha um creme amarelo ó laranjado!
Lembro-me tantas vezes… de uma boa gasosa, sendo que uma lanjarada fresquinha também traga recordações mas as bolhas da gasosa a subir o nariz conseguiam arrancar o estrebuchar mais genuíno e involuntário colocando-nos nas situações mais incómodas e constrangedoras...bolas caiu-me creme sobre a camisa, isto por falar em bolas de Berlim...
Desejo secretamente… o que nem eu sei, mas, no fundo, sei que o desejo secretamente mas nem às paredes confesso...prefiro-as brancas onde a sombra livre, altera e regista as silhuetas de quem passa; reparem que aqui misturei um anúncio de detergente da roupa e um fado bem larila, ó yeah Rózé!!!! Tenho saudades de comer uma bola de Berlim...acho que já tinha dito mas ao reforçar a mensagem, esta não é esquecida e funciona como fio condutor deste texto, bolas há que parecer inteligente e sedutor.
O medo que tive… quando vi o Exorcista... quando ela vomitou, sujou tudo à farta rodando a cabeça em estilo centrifugação, mas foi belo, muito belo.
Sinto vergonha… alheia daquele pézinho gordo e inchado que teima em permanecer, assim pela metade, dentro do sapato agulha, e tudo pelo Style! Vamos todos morrer mas que seja à grande com um belo cozido à portuguesa.
O futuro… é não ter receio de nada, é não sentir vergonha alheia, é desejar secretamente beber uma gasosa e não fazer pisca, é seguir sempre em frente de sapatos altos mas em cristal e de combinação.
Se eu encontrar… volto para trás!
Prometo… que deixarei de ver estrelas no céu, deixarei de acreditar nas letras das músicas, e sem receio, volto a ver o mesmo filme no escurinho do cinema e no flagra serei apanhado...prometo que não conto nada.
Tenho orgulho… em ser uma vaca… Orgulho, orgulho, orgulho,
orgulho…Tenho orgulho orgulho em ser uma vaca!