Sociedade
Pinhal do Rei, em Ourém, está ser cortado e parte terá parque solar
Fundação Casa de Bragança justifica abate já concretizado de cerca de 62 hectares de floresta com problemas fitossanitários. Associação Quercus alega que parte dos problemas deve-se a "más práticas" de gestão florestal.
O Pinhal do Rei, que em tempos pertenceu à Casa Real e que envolve o Castelo de Ourém, está a ser cortado. Um primeiro corte, já concretizado, envolveu o abate de cerca de 62 hectares de mata, maioritariamente constituída por pinheiro-bravo. Em relação à restante área, superior a 60 hectares, a Fundação Casa de Bragança (FCB), proprietária do pinhal, promete "tudo fazer para preservar o mais possível". Em causa está, segundo a orgnização, um corte sanitário, devido à doença da murchidão do pinheiro, transmitida pelo nemátodo da madeira.
O argumento não convence a associação Quercus, que contesta o corte total e que defende que era possível resolver o problema com desbastes selectivos. A organização ambientalista alega ainda que os problemas fitossanitários se devem também a “más práticas” de gestão florestal e receia que o corte abra caminho à transformação da área numa “mega-zona de painéis fotovoltaicos”, havendo já projecto para a instalação de uma unidade que ocupará cerca de 15 hectares.
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