Sociedade

"Por muito que possa parecer estranho os tubarões também têm emoções"

22 abr 2016 00:00

Marco Belo Galinha, um dos investidores na nova temporada de Shark Tank e antigo campeão nacional de BTT.

por-muito-que-possa-parecer-estranho-os-tubaroes-tambem-tem-emocoes-3790

Nesta segunda temporada, que estreia em Setembro na SIC, é um dos tubarões na versão portuguesa do Shark Tank. O que o levou a aceitar o convite?
O que me levou a aceitar foi o gosto pelo projeto, pelo empreendedorismo e pelos princípios que estão subjacentes ao programa. Temos em Portugal excelentes oportunidades de negócio que precisam de um apoio inicial para crescerem de forma sustentada.

Que perfil melhor o caracteriza: agressivo como o tubarão-touro ou inofensivo como o tubarão-frade?
Como ambos os tubarões conseguem cheirar uma gota de sangue a 300 metros, penso que nos negócios há que ser um pouco de ambos e não ter medo de arriscar, mas também não fazer de um negócio uma roleta.

Imagine que estava do outro lado, a apresentar um projecto. Quem é a pessoa mais poderosa na sua rede de contactos a quem pode telefonar e pedir conselhos, a qualquer hora do dia ou da noite?
Não creio que se deva falar em “pessoa mais poderosa”. Muitas vezes, para que os nossos projectos se concretizem, as pessoas mais poderosas são as que trabalham connosco. De qualquer maneira, sempre lhe posso dizer que partilho alguns contactos com a lista da Forbes e que obviamente não telefonaria a qualquer hora do dia ou da noite para qualquer um deles porque uma tal falta de respeito jamais poderia ser um bom princípio para um negócio…

Nos programas já gravados, mordeu o isco? 
Em Setembro, podem esclarecer essa dúvida. Não se trata, no entanto, de morder o isco… mas de trazer potenciais tubarões para as nossas águas.

Como é o ambiente nos bastidores?
Aconteceu de tudo… Foi uma experiência muito enriquecedora. Por muito que possa parecer estranho os tubarões também têm emoções… O ambiente foi sempre muito positivo e descontraído. Acabávamos sempre juntos à mesa de jantar.

Os empresários também têm coração ou só estão ali para lucrar?
Claro que têm. Somos ocupadores temporários das estruturas que criamos… A imagem de que o lucro só se obtém com uma postura 100% racional é do mais errado que existe. Há que ter paixão e mais do que os números interessa-me sobretudo a forma como as pessoas acreditam naquilo que fazem e no amor pelos seus projectos. Sem isso, jamais me poderia comprometer com qualquer negócio.

Já fez voluntariado?
Sim, várias vezes. A experiência de ajudar alguém é indescritível e não consigo manter-me indiferente à realidade social.

É a primeira vez que investe o seu dinheiro no negócio de outros?
Não.

Na versão original do programa, quem é o seu tubarão preferido?
Kevin O'Leary. Talvez por personificar a imagem mais real do verdadeiro tubarão.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo