Sociedade
Porto de Mós e Marinha homenageiam militar falecido em acidente com fragata
O segundo-tenente Francisco Poças da Rosa foi umas das seis vítimas mortais de uma explosão na fragata António Enes, ocorrida em 1987, na Horta, Açores. A homenagem será este sábado, em Porto de Mós.
Com raízes familiares em Porto de Mós, onde se encontra sepultado, o segundo-tenente Francisco Poças da Rosa vai ser homenageado, este sábado, dia 11, numa cerimónia promovida pelo município e pela Marinha Portuguesa. A sessão ocorre num momento em que se assinalam 36 anos do desastre ocorrido a bordo da fragata António Enes, que fez seis mortos e 11 feridos. Francisco Poças da Rosa foi uma das vítimas mortais.
A homenagem começa com a celebtação de missa, às 10:30 horas, na Igreja de São Pedro, presidida pelo capelão da Marinha, seguida de romagem ao cemiério velho da vila onde o segundo-tenente está sepultado. Às 15 horas, será inaugurado um memorial no Jardim Municipal de Porto de Mós. Pelas 16:30 horas, haverá um concerto com elementos da Banda da Armada, na Central das Artes.
Com esta homenagem, “singela, mas sentida”, pretende-se “perpetuar” a memória de António Vicente da Rosa e fazer o “reconhecimento pelos serviços prestados”, salienta uma nota de imprensa da câmara.
Explosão a bordo
O acidente com a fragata António Enes aconteceu no dia 10 de Março de 1987. Uma reportagem emitida pela RTP Açores, em 2017, por ocasião dos 30 anos da tragédia, conta que, “pelas 17:20 horas”, desse dia, a corveta “preparava-se para entrar no porto da Horta, depois de uma viagem agitada, com ondas de oito a nove metros, desde o porto da Praia da Vitória, na ilha Terceira”, quando se deu o acidente.
“O som da explosão ecoou por toda a cidade da Horta e de imediato foram accionados os meios de socorro e salvamento, com embarcçãoes da Marinha e da empresa de lanchas do Pico”, relata a RTP Açores. Do acidente, resultaram seis mortos – dois corpos “nunca foram resgatados” – e 11 feridos.
Segundo a reportagem, “nunca foi provado que foi a acumulação de gases” de combustível armazenado na casa das máquinas tenha estado na origem da explosão, mas do acidente “saíram novos procedimentos a adoptar”. Por exemplo, “a gasolina deixou de ser armazenada dentro dos navios da Marinha”.
Os danos na corveta foram reparados e a António Enes, ao serviço desde 1971, continuou a navegar ao largo dos Açores em ações de fiscalização e salvamento marítima.
[Notícia actualizada no dia 11/03/2023, às 11 horas, com a correcção do nome do homenageado]