Presidente do Município de Leiria pede reforço urgente para GNR e PSP

Gonçalo Lopes, presidente do Município de Leiria, reconheceu hoje a falta de recursos humanos nas forças policiais da GNR e PSP responsáveis pelo concelho e considerou ser urgente o reforço de efectivos para as forças policiais.

Para o autarca, os momentos de crise que o País começa a atravessar, com a queda do poder de compra pode contribuir para o aumento da criminalidade.

O apelo do presidente surgiu depois de questionado pela vereadora do PSD, Branca Matos, sobre o registo de vários assaltos na cidade e sobre os actuais números da criminalidade no concelho.

“Já pedimos esses números à PSP, mas ainda não os temos. Não tenho conhecimento desses assaltos, mas temos vindo a monitorizar a criminalidade com a PSP e com a GNR. Sabemos que existe um aumento de criminalidade associada aos momentos de crise. Leiria precisa de mais efectivos na GNR e na PSP. Existe falta de recursos humanos em ambas as forças”, afirmou o presidente da câmara, na reunião de executivo desta tarde.

Gonçalo Lopes reconheceu ainda que a falta de efectivos nas forças policiais é um “problema nacional”, mas insistiu que “há uma necessidade urgente para Leiria ver reforçados os meios nas forças de segurança”, facto que já foi manifestado pela autarquia.

Segundo constatou, há um aumento na circulação de pessoas na região não só de imigrantes, como de turistas e resultado da população desconfinar. “Há um aumento da crise, de pessoas a viver no nosso território e de visitantes resultante deste período específico de voltarmos a sair e a conviver, o que resulta, por vezes, em excessos de consumos e provoca acidentes rodoviários e outros mais graves ainda. Estamos preocupados e não temos um efetivo suficiente", disse ainda.

Fonte do Comando Distrital da PSP de Leiria confirmou que se registaram “alguns assaltos, mas nada que se possa dizer que se trata de uma onda de assaltos”.

De acordo com a PSP, desde que duas mulheres, estrangeiras, foram detidas por esta força policial, por “estarem fortemente indiciadas por vários crimes de furtos qualificados no interior de residências na região de Leiria”, que se verificou “uma redução nos furtos”, acrescentou a mesma fonte.