Sociedade
Residência de estudantes nasce na antiga casa de mineiros
A Câmara da Batalha assinou hoje um contrato com o Politécnico de Leiria, para quem passou a gestão do edifício Casa da Obra
A antiga Casa da Obra, que durante anos albergou trabalhadores mineiros, na Batalha, está pronta a receber 28 estudantes do Politécnico de Leiria.
Adquirido pelo Município da Batalha para ser reconvertido em residência para estudantes do ensino superior, o edifício contou com um investimento de 1,2 milhões de euros.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, visitou hoje o espaço, "um imóvel tem um significado simbólico para a história do concelho, porque era aqui que eram alojados os trabalhadores de uma empresa com alguma dimensão que trabalhavam na mina de carvão”, explicou Raul Castro.
O presidente da Câmara da Batalha afirmou que o objectivo não é "cobrar renda", mas celebrou um protocolo com o Politécnico de Leiria para garantir contrapartidas, que passam pela abertura de dois cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP) de Gerontologia e de Cerâmica Fina, na Batalha, o que vai “aumentar o conhecimento criação de
A Câmara da Batalha assinou hoje um contrato com o Politécnico de Leiria, para quem passou a gestão do edifício. "Espero que este acordo possa ser o início de uma nova caminhada de interacção entre o ensino superior e o município”, referiu Raul Castro.
Elvira Fortunato apontou este acordo como um “exemplo” a seguir, já que se tratar de um projecto vencedor, o chamado “win win”, onde todos ganham.
“São exemplos desses que também podem contagiar e outras autarquias ou até outras instituições, porque precisamos de jovens no ensino superior, não só porque as universidades precisam de ter estudantes, mas porque o país precisa de ter profissionais altamente capacitados e isso é extremamente importante”, afirmou.
Elvira Fortunato referiu que até 2026 espera ter duplicado o número de residências para estudantes atingindo as 26.772 camas até ao final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Reconhecendo que o alojamento existente não é ainda suficiente para as necessidades dos estudantes face também aos preços elevados praticados, a ministra afirmou que, na eventualidade de haver “algum projecto que tenha sido aprovado e que, por uma razão ou outra, não possa ser executado”, o Ministério da Ciência vai abrir uma segunda fase do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior.
“Vamos também aumentar, extra PRR, a capacidade instalada do número de camas que temos actualmente, de forma a chegar praticamente às 30 mil. Portanto, vamos duplicar a oferta e vamos ter mais cerca 3.200 camas que vão ser financiadas através desta segunda fase, não com fundos do PRR, mas com fundos nacionais”, anunciou.
Elvira Fortunato revelou ainda que estão a ser analisados mecanismos internos para que possa ser possível apoiar alunos deslocados que não são bolseiros. "Um aluno que esteja no limiar de ter bolsa, é importantíssimo que essas famílias sejam ajudadas”, sublinhou.