Economia
Sindicato denuncia situação “vergonhosa” na hotelaria de Fátima
Pedida intervenção do bispo D. António Marto
“Trabalho clandestino e não declarado, trabalho à peça, por cliente angariado, descontos no salário de todos os períodos de pausa, incluindo o da satisfação de necessidades básicas, pagamento de salários de valores abaixo do contratualizado e de Lei”.
Estas são algumas situações que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro diz existirem em Fátima, pelo que na semana passada escreveu uma carta ao bispo D. António Marto a pedir que “interceda junto do tecido empresarial para que se ponha termo, de vez, a estas ilegalidades”.
Na missiva, da qual foi dado conhecimento ao presidente da Câmara de Ourém, o sindicato fala das “más práticas de muitos empresários” do sector da hotelaria e restauração daquele destino de turismo religioso, embora reconheça que “ainda existem alguns empresários idóneos”. “Contudo, a influência que provoca a concorrência desleal praticada pelos incumpridores leva à proliferação desta situação que consideramos vergonhosa”.
Não foi a primeira vez que o sindicato alertou para a existência de “más práticas” nas relações laborais, mas foi a primeira que se dirigiu ao bispo para pedir a sua intervenção. “A própria Igreja, por via das congregações religiosas que têm hotéis, também entrou na lógica do lucro e paga o menos possível às pessoas”, disse ao JORNAL DE LEIRIA António Baião.
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