Economia
Transportes reduzem custos para aguentar subida dos combustíveis
Sector admite paralisação . “A situação é grave, é preciso agir rapidamente. O gasóleo pesa cerca de 40% dos custos das empresas"
Confrontadas com as constantes subidas dos preços dos combustíveis, as empresas de transportes de mercadorias vêem as suas margens cair e estão a cortar noutros custos para aguentar os impactos.
Dirigentes do sector falam em “empresas desesperadas” e admitem que é possível uma nova paralisação como a de 2019.
Para a Transportes Central Pombalense (TCP), em 2020 o combustível representava 25% na estrutura de custos, agora pesa 33%. Desde o início do ano, a empresa viu o combustível subir 29%.
Outros custos seguiram a tendência, levando a que o custo de produção do serviço de transporte subisse muito, “esmagando as margens, que já se encontravam reduzidas”, refere fonte da administração.
A TCP conta com a “compreensão e colaboração dos clientes para aceitar os possíveis ajustes nos preços dos serviços” e para minimizar os impactos da subida dos combustíveis tenta ao máximo cortar noutros custos directos e indirectos, sem colocar em causa o bom funcionamento da empresa.
“Em última instância, a redução da frota existente também poderá vir a ser outra medida equacionada”.
Na Transportes Machado e Brites, os combustíveis subiram 23% desde Janeiro. O peso do combustível representa cerca de 30% na estrutura de custos, superado apenas pelos custos com pessoal.
“Como não existe nenhum sector de actividade que consiga internalizar este tipo de crescimento nos seus custos operacionais, temos procurado junto dos nossos clientes sensibilizá-los para a necessidade de actualizar os preços praticados, sob pena de colocarmos em risco a viabilidade da própria organização”, explica Armindo Brites.
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