Sociedade
Um mercado em tendas há dez anos e um centro de saúde provisório há mais de 30
Promessas por cumprir na Marinha Grande, Nazaré... e não só.
Promessas de Santa Engrácia na região há muitas. É verdade que ainda nenhuma bateu o recorde da igreja que dá nome a esta expressão popular e que demorou quase três séculos a ficar concluída, mas algumas arrastam- se há décadas.
Na Marinha Grande também as há. Embora a cumprir o primeiro mandato eleita como presidente, a actual líder do município, Cidália Ferreira, fez parte de diversos executivos socialistas que prometeram resolver o problema do mercado municipal, a funcionar há anos em tendas, construir uma nova piscina ou criar uma creche na antiga Ivima, que funcione 24 por dia e que dê resposta aos operários fabris que trabalham por turnos e ao fim-de-semana.
A questão do mercado tem feito correr muita tinta. Há 14 anos ficou concluído o Edifício Atrium, projectado para acolher essa valência, mas o espaço seria desmantelado. Em 2007, o mercado foi instalado, provisoriamente, em tendas montadas junto à zona desportiva. Provisoriamente… até não se sabe quando.
O assunto voltou a ser discutido na última reunião de Câmara, onde o vice-presidente da autarquia, Carlos Caetano, referiu que intenção do município é construir um novo mercado num terreno em frente às tendas actuais, mas o executivo não se compromete com prazos.
Outra das promessas adiadas na Marinha Grande é a construção de uma nova piscina municipal. A actual foi inaugurada há quatro décadas, no âmbito de um projecto pioneiro a nível nacional que tinha como objectivo ministrar aulas de natação aos alunos das então escolas primárias do concelho, mas hoje está totalmente “obsoleta”.
Em entrevista recente à Rádio Clube Marinhense, Cidália Ferreira manifestou vontade em que a futura piscina seja construída na antiga FEIS – Fábrica Escola Irmãos Stephens, como forma de ajudar a reabilitar aquela zona da cidade.
Até ao fecho de edição, a autarquia não respondeu ao pedido de esclarecimentos do JORNAL DE LEIRIA, que pretendia também saber como está o processo da creche na Ivima, anunciada em 2011. Em declarações ao jornal digital Observador, Cidália Ferreira explicou que a creche ainda não avançou por falta de financiamento, adiantando que a adjudicação aconteceu recentemente. Falta saber quando avançará e se a Segurança Social irá depois aprovar um acordo de cooperação para o funcionamento da creche
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