Viver

Uma ópera criada na prisão traz a Leiria a Orquestra Gulbenkian

2 jun 2022 13:01

Reclusos, familiares e funcionários juntos com músicos e cantores líricos profissionais na estreia da nova produção da SAMP no Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens

Ensaio na manhã de quarta-feira, 1 de Junho, em Leiria, na tanoaria do EPL-J
Ensaio na manhã de quarta-feira, 1 de Junho, em Leiria, na tanoaria do EPL-J
Ricardo Graça
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Ricardo Graça
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Ricardo Graça
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Ricardo Graça

Com mais uma produção a caminho do Grande Auditório da Gulbenkian, o musicólogo Paulo Lameiro fala com orgulho do Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens (EPL-J) e de alguém que está actualmente privado da liberdade, a cumprir pena, que é também um talento do beatbox. “Pode não ter carreira, não ter formação e ser um artista de topo naquilo que faz, que é o caso”, assinala. “Vai encerrar o espectáculo com um momento dele que é uma coisa extraordinária, muito poderosa”.

O espectáculo é a ópera original O Tempo (Somos Nós), que coloca reclusos (e não só) a criar e a cantar com profissionais. Tem estreia absoluta aberta ao público no próximo sábado, 4 de Junho, no EPL-J, pelas 10:30 horas, após a ante-estreia, no dia anterior, exclusiva para a população prisional e famílias.

Depois de anos a encenar Mozart na cadeia, é a primeira ópera criada de raiz pelo projecto Ópera na Prisão da SAMP – Sociedade Artística Musical de Pousos.

“Vamos ter uma partitura e um texto que começou por ser uma folha em branco que só tinha duas palavras: porta e viagem”. A história, acrescenta Paulo Lameiro, é “uma versão moderna do Ulisses e da Penélope”, desenvolvida e interpretada por reclusos, familiares, funcionários do EPL-J, um libretista, três compositores, técnicos da SAMP, cantores líricos e músicos da Orquestra Gulbenkian. Quase 150 pessoas.

Outros dois momentos, já este mês, estão marcados para Lisboa, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, dias 16 e 17, ambos às 19 horas. A derradeira apresentação acontece no mês de Novembro, em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva.

A estreia absoluta de um espectáculo original é “a grande novidade” da edição do Ópera na Prisão que termina em 2022, após três anos de trabalho e um ano de ensaios. Mas não a única. Pela primeira vez, o projecto ganha “escala internacional”, destaca Paulo Lameiro, que o coordena em Portugal. Está no consórcio europeu Traction que liga Leiria, Barcelona e Dublin com parceiros tão importantes como a Irish National Opera e o Gran Teatre del Liceu entre nove instituições de vários países relacionadas com as artes, a investigação e a tecnologia.

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