Desporto

Vidreiros diz que é racismo, Lisboa e Marinha demarca-se

9 dez 2019 15:02

Em causa estão alegados insultos a um jogador brasileiro da equipa júnior do clube de Picassinos.

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Jogo entre dois clubes da Marinha Grande acabou em polémica
Ricardo Graça/Arquivo

Terminou num empate a uma bola, mas o jogo entre as equipas juniores do Lisboa e Marinha e do Vidreiros teve muita mais para contar.

Em comunicado, a Direcção do clube de Picassinos declara, “com grande tristeza”, ter havido insultos por parte dos adeptos do emblema da Marinha Grande no desafio de sábado passado.

O jogador brasileiro Yuri terá sido “alvo constante do preconceito”, sendo apontado como principal objectivo a tentativa de “desmoralizar o atleta”.

“Volta para seu país”, “aqui não é o Jacarézinho”, ou “brasileiro de merda” são algumas das afirmações atribuídas aos adeptos do Sport Lisboa e Marinha.

A Direcção do Vidreiros pede ainda à Associação de Futebol de Leiria para rever com os clubes os melhores procedimentos a tomar para evitar que situações como esta se repitam.

Em resposta, o clube da Ordem vem “demarcar-se e repudiar quaisquer actos de descriminação/xenofobia que possam ter ocorrido” naquela partida, mesmo que se tratem de “actos isolados de um” indivíduo ou de um “pequeno grupo de adeptos”.

“Somos um clube humilde, que construiu a sua história com base no respeito e civismo, um clube de garra, de raça, de luta, que sempre recebeu e tratou bem qualquer seu atleta, fosse de que nacionalidade fosse.”

Tem ainda “bem presente” que uma das “mais bonitas páginas”, ao subida ao Nacional de juniores, “foi escrita” por uma “equipa composta por diversos jogadores e treinador de nacionalidade brasileira”.

O clube não aceita, pois, “que este acto isolado seja usado numa tentativa de denegrir” a imagem do Lisboa e Marinha.

Ainda assim, ao “atleta visado pelos supostos insultos, Yuri Martins, a serem estes verdadeiros”, pedem “imensas desculpas”.

“Acima de tudo que saibamos estar no futebol com ética, respeito, e com a consciência que no futebol não vale (ou não deveria valer) tudo.”