Opinião

A vil palhinha

2 ago 2018 00:00

Evidentemente, uma palhinha no oceano não é nada quando tudo o resto está perdido.

Se há uns quatro ou cinco anos virou moda Pinterest beber tudo com palhinha (há um pessoal esquisito que até o Gin bebe assim), nos dias que correm a bolha do meu Facebook desdobra-se em mil vídeos e imagens chocantes do que acontece aos pobres animais marinhos por causa deste plástico que vai parar ao mar.

Imagino que a maior parte das pessoas nem dê por nada, porque ninguém dá muito para este peditório da ecologia e, no fundo, quando dizem que não é por causa de uma palhinha que vai acabar a vida na Terra estão cheios de razão.

Evidentemente, uma palhinha no oceano não é nada quando tudo o resto está perdido, que é como quem diz, quando continuamos a querer sacar petróleo do solo, quando insistimos em monocultura agrícola, quando achamos que é (só) a reciclar que resolvemos os nosso problemas sem ter de abdicar de nenhum dos nossos absurdos hábitos de consumo.

Convinha, no entanto, compreender que a guerra à palhinha é um dos últimos redutos que aquelas pessoas, alucinadas por uma espécie de fé absurda na humanidade, têm para tentar explicar que é quando tomamos consciência da pequenas coisas que ganhamos perspectiva sobre os grandes impactos que todos juntos temos.

A palhinha, no fundo, resume naqueles 15 c&eci

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ