Opinião

Longe da vista, longe do coração

7 jan 2024 16:30

O excesso de peso é igualmente nefasto e também constitui risco de vida

Ditado que expressa bem as relações humanas.

Mas não só.

Esta recente época festiva, que a todos toca, e na qual todos participam, de uma maneira ou de outra, é disso exemplo.

Porque é cheia de exageros.

Vários.

Mas para o coração, os que impactam mais, por excesso, são os alimentares e por défice o exercício.

Claro que não serão alguns dias que farão diferença. O problema, ou perigo, está nos restantes dias do ano.

Todos sabemos que “comer mal” e não fazer exercício é mau para o coração.

Mas nem todos sabemos qual a comida que faz mal, nem que exercício faz bem.

E esse é um bom desafio para 2024. Melhorar a nossa literacia em saúde, para bem do coração.

E não só.

Porque um coração saudável é essencial para um corpo saudável.

E vice-versa.

No início de 2023 falei-vos de distúrbios alimentares tipicamente associados a magreza extrema.

Mas o excesso de peso é igualmente nefasto e também constitui risco de vida.

Ambas as situações impactam grandemente o coração.

Se na magreza extrema o coração pode parar, na obesidade também.

Na primeira, por desequilíbrios iónicos que impedem que o seu sistema elétrico, que controla o batimento cardíaco, funcione bem.

Na segunda, por “entupimento” das artérias que “alimentam” o coração.

O conhecido, e temido, “ataque cardíaco”.

Mas também o igualmente temeroso AVC, que afeta o cérebro, muitas vezes de forma irreversível.

Dois motivos “de peso”, portanto, para ter como resolução de ano novo manter várias coisas longe da vista para ficarem longe do coração.

E não são só as pessoas com excesso de peso devem ter esta preocupação, mas sim todas e de qualquer idade, porque “prevenir é o melhor remédio”.

E por isso, o que é que precisamos ter longe da vista para ficar longe do coração?

Os alimentos que todos sabemos serem menos saudáveis.

Aqueles com maior teor de gordura e de açúcares.

E para isso também o ditado se aplica integralmente.

Se não os virmos, não os consumimos.

O truque, em casa, é mesmo nem os chegarmos a comprar.

Fora de casa, embora difícil, é possível melhorar alguns gestos.

Por outro lado, importa também não esquecer que há alimentos muito saudáveis que, se mal utilizados, também podem fazer mal.

É disso exemplo o azeite.

Não deixa de ser uma gordura, e por isso, ainda que mais saudável, também tem de ser consumida com parcimónia.

Das outras gorduras, nem se fala.

Quanto ao exercício, é o aeróbico aquele que é bom para o coração.

Correr, nadar, caminhar…

Nem que sejam só cinco minutos, importa é começar!

Para um feliz e mais saudável 2024!

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990