Opinião
Longe da vista, longe do coração
O excesso de peso é igualmente nefasto e também constitui risco de vida
Ditado que expressa bem as relações humanas.
Mas não só.
Esta recente época festiva, que a todos toca, e na qual todos participam, de uma maneira ou de outra, é disso exemplo.
Porque é cheia de exageros.
Vários.
Mas para o coração, os que impactam mais, por excesso, são os alimentares e por défice o exercício.
Claro que não serão alguns dias que farão diferença. O problema, ou perigo, está nos restantes dias do ano.
Todos sabemos que “comer mal” e não fazer exercício é mau para o coração.
Mas nem todos sabemos qual a comida que faz mal, nem que exercício faz bem.
E esse é um bom desafio para 2024. Melhorar a nossa literacia em saúde, para bem do coração.
E não só.
Porque um coração saudável é essencial para um corpo saudável.
E vice-versa.
No início de 2023 falei-vos de distúrbios alimentares tipicamente associados a magreza extrema.
Mas o excesso de peso é igualmente nefasto e também constitui risco de vida.
Ambas as situações impactam grandemente o coração.
Se na magreza extrema o coração pode parar, na obesidade também.
Na primeira, por desequilíbrios iónicos que impedem que o seu sistema elétrico, que controla o batimento cardíaco, funcione bem.
Na segunda, por “entupimento” das artérias que “alimentam” o coração.
O conhecido, e temido, “ataque cardíaco”.
Mas também o igualmente temeroso AVC, que afeta o cérebro, muitas vezes de forma irreversível.
Dois motivos “de peso”, portanto, para ter como resolução de ano novo manter várias coisas longe da vista para ficarem longe do coração.
E não são só as pessoas com excesso de peso devem ter esta preocupação, mas sim todas e de qualquer idade, porque “prevenir é o melhor remédio”.
E por isso, o que é que precisamos ter longe da vista para ficar longe do coração?
Os alimentos que todos sabemos serem menos saudáveis.
Aqueles com maior teor de gordura e de açúcares.
E para isso também o ditado se aplica integralmente.
Se não os virmos, não os consumimos.
O truque, em casa, é mesmo nem os chegarmos a comprar.
Fora de casa, embora difícil, é possível melhorar alguns gestos.
Por outro lado, importa também não esquecer que há alimentos muito saudáveis que, se mal utilizados, também podem fazer mal.
É disso exemplo o azeite.
Não deixa de ser uma gordura, e por isso, ainda que mais saudável, também tem de ser consumida com parcimónia.
Das outras gorduras, nem se fala.
Quanto ao exercício, é o aeróbico aquele que é bom para o coração.
Correr, nadar, caminhar…
Nem que sejam só cinco minutos, importa é começar!
Para um feliz e mais saudável 2024!
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990