Opinião
Mudar de Rumo – Eficiência Económica (2)
durante os quarenta anos de democracia, melhorámos bastante no plano da justiça social, mas em grande parte à custa de um enorme endividamento do Estado.
Por várias razões, entre as quais avulta a existência de instituições fortemente extractivas e um poder político igualmente sugador dos recursos nacionais, a eficiência económica em Portugal é muito baixa. Consequentemente, durante os quarenta anos de democracia, melhorámos bastante no plano da justiça social, mas em grande parte à custa de um enorme endividamento do Estado e, chegados aqui, deveríamos aprender com os erros do passado e corrigir as causas da nossa ineficiência económica, como prioridade para podermos ambicionar ter um país socialmente justo.
Se continuarmos a alternar políticas sociais sem eficiência económica, com a recuperação da economia a ser feita à custa do empobrecimento dos portugueses, Portugal apenas poderá definhar e atrasar-se ainda mais relativamente aos outros países europeus. Ou seja, a aplicação de uma estratégia Euro-Atlântica para o desenvolvimento, como tenho defendido, passa também por eliminar os factores extractivos existentes na sociedade, factores favorecidos pelo poder político, o qual, não compreendendo o funcionamento das empresas e a economia empresarial, não concorre minimamente para melhorar a eficiência da economia.
Aliás, como podemos melhorar a eficiência económica num país em que ocorrem notícias diárias de sectores da sociedade apanhados em redes de corrupção, com um sistema financeiro destroçado pela promiscuidade com o poder político e quando tudo isso acontece sem a punição adequada dos prevaricadores e dos criminosos?
*Empresário
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.