Votaria em Castro, claro!

É obrigação dos colunistas, por respeito aos leitores e a si próprios, dizer a verdade e escrever o que pensam, por mais incómodos e inimizades que essa atitude lhes possa trazer. Considero que, por mais transtornos que o exercício do pensamento livre e da sua expressão possam trazer a quem escreve, é um dever fazê-lo. Muitos homens e mulheres deram a própria vida por essa liberdade.

Dito isto, e a propósito do título do artigo, lembro o que toda a gente do mundo político sabe, que não tenho qualquer amizade com Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria. Como é público também, sou independente, portanto, não sou militante do PS ou de qualquer outro partido e nas últimas legislativas aceitei o desafio honroso de encabeçar a lista do PDR ao distrito de Leiria. Do resultado só tenho de estar grato aos membros da lista, aos apoiantes e aos eleitores, por me terem permitido obter mais votos e maior percentagem do que ao próprio presidente do partido, Marinho Pinto, que é uma figura nacional.

Como sabemos, em eleições legislativas o que mais conta é a popularidade e a campanha dos líderes nacionais. (Nós) os candidatos distritais contam(os) muito pouco para o sentido de voto dos eleitores. Na verdade apercebi-me no terreno que a esmagadora maioria das pessoas do distrito não sabiam quem eram os candidatos. Constatei que fora dos concelhos de Leiria, Pombal e Nazaré quase ninguém me conhecia apesar de ter exercido funções de dirigente máximo no sistema de Segurança Social de Leiria durante mais de 10 anos.

Na verdade a esmagadora maioria dos eleitores não sabe, ainda agora, quem é Margarida Marques (mesmo sendo ela membro do atual governo), Heitor de Sousa ou Ana Carvalhais Silva. Cristas é a exceção, dado que agora é líder do seu partido e teve grande visibilidade enquanto ministra, e em muito menor medida, Teresa Morais, que quase ninguém sabe
quem é.

*Candidato a deputado nas Legislativas
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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