Sociedade
Abandonado há 30 anos, antigo Seminário de Leiria continua sem solução à vista
As negociações entre o Estado e a câmara para a cedência do edifício, que acolheu também o ex-DRM, arrastam- -se há anos. Enquanto isso, agrava-se a degradação do imóvel, para o qual se prevê um museu de arte sacra
Paredes e tectos caídos, vidros partidos, buracos no chão, sanitários destruídos, mobília a apodrecer e espaços que não podem ser visitados, pelo perigo que representam. É esta a descrição do estado actual do edifício, localizado na rua Tenente Valadim, que já acolheu seminaristas e o Distrito de Recrutamento e Mobilização Militar (ex-DRM), feita pela voz de Miguel Cardoso, artista plástico que, nos últimos meses, visitou o local por duas vezes, para registar imagens para a exposição O clamor da ruína: que futuro para o antigo Seminário de Leiria?”, inaugurada, este sábado, na Igreja de São Pedro (ao lado da PSP).
No meio da ruína captada por Miguel Cardoso há, no entanto, espaço para alguma vida, que se reproduz em ninhos e nas heras que vão “furando por todo o lado” e tomando conta do edifício, devoluto há 30 anos e para o qual não há solução há vista, como assumiu o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, durante a inauguração da exposição, com o autarca a responsabilizar o Estado pela degradação do imóvel e pela falta de uma estratégia de recuperação.
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