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Abílio Febra. Depois de Macau, uma nova exposição, em Leiria
Escultura e desenho de Abílio Febra na exposição Diálogos da Madeira, até Agosto
Escultura e desenho preenchem a exposição Diálogos da Madeira, da autoria de Abílio Febra, que inaugura na sexta-feira, 7 de Julho.
É a primeira exposição a ter lugar na Arquivo, em Leiria, depois as obras de ampliação da livraria, que reabre, precisamente, na sexta-feira.
“O meu trabalho como escultor, independentemente do material, quer seja pedra, bronze ou madeira, procura sempre que seja uma expressão da minha forma de sentir e ver o mundo”, escreve Abílio Febra, na declaração acerca da exposição Diálogos da Madeira, que fica patente até 27 de Agosto.
“Creio que acabo por me autorretratar, através da minha obra, ainda que de forma inconsciente. A espontaneidade, a inquietude e um certo gestualismo, guiados em parte pela intuição, deixam marcas, que eu próprio reconheço como minhas, mas que nem sempre consigo explicar. No entanto a minha realização e satisfação artística passa pela forma como consigo assumir essa inquietude”, acrescenta. “Não procuro soluções nem respostas, mas antes questionar-me a mim e aos outros. Se daí saírem novas visões sobre o homem e o mundo, ainda que estranhas, isso já ajuda a preencher-me um pouco”.
A colaboração com a Arquivo acontece depois da presença do artista plástico de Leiria na Ásia, no mês de Junho – Abílio Febra regressou a Macau, onde já tinha estado, para trabalhar e expor, a convite de uma galeria dirigida por uma cidadã leiriense.
Além de orientar workshops de escultura, a convite da galeria, Abílio Febra esteve representado com pintura e escultura numa exposição colectiva, a propósito do Dia de Portugal.
Na exposição, estiveram representados outros artistas com raízes leirienses, como é o caso de Francisco Geraldo, José Luís Tinoco e Maria João Franco.
O balanço é “francamente positivo”, diz Abílio Febra ao JORNAL DE LEIRIA. “Sinto que contribuí de alguma maneira para divulgar a arte portuguesa”.
“Mostrar coisas de Portugal em terras do Oriente, onde os portugueses estão numa pequeníssima minoria, é muito importante”, salienta.
Anteriormente, no estrangeiro, Abílio Febra expôs na Alemanha, Holanda e Bélgica.