Saúde
ACES Pinhal Litoral realiza rastreio de saúde visual infantil
Iniciativa pretende, sobretudo, identificar, precocemente, factores de risco de ambliopia
O Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, que integra os concelhos de Leiria, Pombal, Marinha Grande, Porto de Mós e Batalha, está a desenvolver, desde 2019, o Rastreio de Saúde Visual Infantil às crianças que completam 2 e 4 anos de idade, iniciativa que se irá desenrolar em 2023.
Segundo Rui Passadouro, médico de Saúde Pública, o objectivo é "identificar, precocemente, factores de risco de ambliopia (olho preguiçoso), nomeadamente estrabismo, miopia, hipermetropia, astigmatismo e anisometria, que se não forem corrigidos podem evoluir para cegueira".
Este rastreio "consiste na realização de um exame de foto-rastreio aos olhos da criança, de uma forma rápida, segura e inofensiva, utilizando uma tecnologia inovadora, que permite identificar os factores de risco antes de se instalar a doença, ou numa fase muito precoce do seu desenvolvimento, permitindo a correcção", acrescenta o médico.
"É importante fazer o rastreio, pois as alterações da visão surgem em idades muito precoces, normalmente sem sinais nem sintomas. Se não forem detectadas e corrigidas atempadamente, corre-se o risco de não ser possível obter a melhoria da visão desejada, com impacto negativo no desenvolvimento da criança", alerta Rui Passadouro.
O médico explica que o exame é realizado por um enfermeiro treinado para o efeito e demora apenas um a dois minutos. "A informação colhida é enviada ao serviço de oftalmologia, onde o médico analisa a informação e emite um resultado. Se tiver alterações, a criança recebe uma convocatória para consulta de oftalmologia no Centro Hospitalar de Leiria."
"Trata-se de um programa fundamental à prevenção de um importante problema de saúde pública, a ambliopia, considerada a causa mais frequente de perda de visão monocular entre os 20 e os 70 anos de idade, aumentando o risco de cegueira ao longo da vida. A evidência científica e os estudos económicos demonstram o benefício deste rastreio em idade precoce, de forma a prevenir a doença. Desafiam-se, por isso, todos os pais com crianças de 2 e 4 anos, em 2023, a responder à convocatória, quando ela lhe for dirigida", sublinha Rui Passadouro.