Sociedade
Administradora executiva da TUMG dispensada pelo presidente de Câmara da Marinha Grande
Fátima Cardoso pondera recorrer à via judicial para defesa da sua honra
Depois de, na reunião de Câmara de segunda-feira, a vereadora Ana Alves Monteiro ter apresentado ao executivo as razões pelas quais renunciava ao cargo de administradora da TUMG – Transportes Urbanos da Marinha Grande, referindo-se às "decisões, ou omissões, da administradora executiva", que a vereadora entendia não serem enquadráveis "nas boas práticas de actuação do gestor público", e após a câmara ter decidido avançar com uma auditoria independente na TUMG, já ontem, ao final do dia, Aurélio Ferreira, presidente da autarquia, dispensou a administradora executiva, Fátima Cardoso.
Numa nota enviada esta tarde à imprensa, Fátima Cardoso reage. Refere que na reunião de câmara de segunda-feira, no ponto relacionado com a renúncia da Presidente do Conselho de Administração da TUMG - Transportes Urbanos da Marinha Grande, foi "acusada, pelo presidente da câmara municipal, de ter cometido ilegalidades".
Perante essas afirmações, informa: "durante os anos que administrei a TUMG, todos os exercícios foram auditados, por mais do que uma entidade externa, e as certificações legais de contas foram sempre emitidas sem quaisquer ênfases e reservas".
"Desconheço quais os fundamentos que estão na génese de tal acusação, mas já solicitei, através de requerimento dirigido ao presidente da câmara, que me sejam facultados tais elementos", prossegue.
Fátima Cardoso observa que, até lá, não poderá exercer o direito à minha defesa, "por desconhecer os fundamentos das acusações".
"Logo que tais documentos me sejam facultados, e sendo a TUMG uma empresa pública, serão imediatamente remetidos às entidades competentes, Tribunal de Contas, Ministério Público e Inspecção-Geral de Finanças, para que iniciem de imediato uma auditoria às contas da TUMG", informa Fátima Cardoso.
E acrescenta: "ontem, pelas 19:22 horas, recepcionei um email do presidente da câmara municipal, a informar que cessaria funções, na qualidade de administradora, hoje, dia 1 de Junho de 2023. Mais informo que estou a ponderar recorrer à via judicial para defesa da minha honra, da minha idoneidade, do meu bom nome e da minha consideração", remata Fátima Cardoso.