Opinião
Alegoria da horta
O ser humano, essa fantástica força transformadora, tornou-se um factor de enorme desequilíbrio quando teve uma ideia genial - cultivar o que precisava de comer.
Há uns bons anos atrás, concluí que queria saber mais de agricultura. Sete anos depois, percebi porquê.
Tudo parte do truísmo de que todos temos de comer, e de como isso me pareceu tantas vezes irreconciliável com a ideia de lutar “por um mundo onde todos sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
A minha obstinação diz-me que é possível, mas foi a minha horta biológica que mo demonstrou. A natureza tem as suas formas de garantir existência, e nos lugares intocados pelos seres humanos observa-se um equilíbrio notável, onde há espaço para todos e onde os pequenos desequilíbrios que vão aparecendo são facilmente neutralizados.
O ser humano, essa fantástica força transformadora, tornou-se um factor de enorme desequilíbrio quando teve uma ideia genial - cultivar o que precisava de comer.
As dinâmicas agrícolas desenvolvidas ao longo do tempo chegaram a um ponto, em muito, comparável ao do capitalismo: alimentam o mundo, mas com cada vez mais doenças e onde as crises cíclicas (os tais desequilíbrios
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