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Baixista de Linda Martini colabora em novo livro da editora Barca do Inferno
Cláudia Guerreiro, baixista de Linda Martini, assina as ilustrações do novo livro da editora de Leiria
A editora independente Barca do Inferno, de Leiria, prepara-se para disponibilizar, já no próximo mês de Setembro, dois novos títulos da colecção Artistas Portugueses do Século XX.
O livro ilustrado sobre Manuel Cargaleiro tem texto de Mafalda Brito e ilustrações de Rui Pedro Lourenço. Já a obra dedicada a Jorge Vieira inclui texto de Mafalda Brito e ilustrações de Cláudia Guerreiro, baixista da banda Linda Martini, ilustradora e sobrinha do escultor Jorge Vieira.
Na colecção Artistas Portugueses do Século XX, a Barca do Inferno editou, anteriormente, livros acerca da obra e do percurso de Júlio Pomar, Maria Keil, João Cutileiro, Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Amadeo de Souza-Cardoso e Helena Almeida.
Cláudia Guerreira publicou no Facebook uma mensagem sobre o projecto: “Que felicidade ter podido ilustrar este livro! Tive a sorte de ser sobrinha do escultor Jorge Vieira, que, juntamente com a minha tia Noémia Cruz, me levaram a este caminho que ainda hoje percorro. Num momento em que estou a redefinir o meu percurso enquanto artista e onde a ilustração não terá tanto lugar, não podia estar mais feliz por ter encabeçado este capítulo com esta oportunidade! Obrigada, Barca do Inferno, por contarem comigo”.
A editora de Leiria, entretanto, partilhou um texto sobre Jorge Vieira escrito por Mafalda Brito:
“Moldando e amassando o barro, Jorge Vieira inventa novos seres que passam a pertencer à vida de quem com eles se cruza. Numa destas esculturas, um rosto com chifres assenta sobre dois pés humanos; numa outra, de uma cabeça vagamente humana com olhos de um ser de outro planeta crescem três tentáculos que poderiam ser de um polvo. Esta conjugação de partes diferentes é feita tão harmoniosa e delicadamente que, se víssemos estes monstros deambular pela rua, nos pareceriam perfeitamente banais. Estes seres, não transportam apenas o coração do escultor, mas também o seu humor. Jorge aprende com a arte de tempos muito distantes, trazendo para o nosso tempo a magia que desaparecera da escultura”.