Sociedade
Bajouca promete endurecer luta contra prospecção de gás
População aderiu em força à Assembleia de Freguesia extraordinária realizada esta sexta-feira à noite.
“Amo a Bajouca. Sou conta a exploração de gás natural” é o slogan da campanha que a freguesia da Bajouca, no concelho de Leiria, vai pôr no terreno para “fazer ouvir a sua voz” contra a prospecção de hidrocarbonetos na povoação.
Entre as medidas previstas está um abaixo-assinado a exigir o cancelamento do contrato de concessão a favor da Australis, cuja recolha de assinaturas começou esta sexta-feira à noite, durante a sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia (AF), que juntou mais de 300 pessoas e onde foram anunciadas algumas medidas de protesto.
Além do abaixo-assinado, que tem como primeiros subscritores os presidentes da Junta e da Assembleia de Freguesia, está prevista para 26 de Janeiro uma manifestação e a população foi desafiada a colocar lonas em suas casas com o slogan da campanha e colar autocolantes nos automóveis com a mesma inscrição.
“Vamos fazer ruído e 'intoxicar' a Bajouca com telas para que nos ouçam”, desafiou Boaventura Cabecinhas, líder da AF, para quem “o povo” da freguesia “tem de estar unido de forma singular” para lutar contra a “calamidade que se abateu sob a Bajouca”, referindo-se à possibilidade de haver um furo de prospecção de gás e eventual exploração.
Os apelos à união foram uma constante na sessão, onde estiveram também os presidentes da juntas de freguesia de Coimbrão, de Monte Redondo e Carreira e de Souto da Carpalhosa e Ortigosa. O autarca de Bidoeira de Cima não participou no encontro, mas enviou uma mensagem de apoio. A Câmara de Leiria fez-se representar pela vice-presidente, Anabela Graça, e pelo vereador Carlos Palheira.
A número dois do Município destacou a “grande manifestação de cidadania” demonstrada pela comunidade da Bajouca e assegurou que a Câmara “está a dar passos” para definir um “plano” para defender a população, com o apoio de investigadores reputados na área do ambiente. “Estamos a trabalhar com o coração mas também com a razão”, assegurou Anabela Graça.
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