Saúde
"Bata Branca" dá consultas a utentes de Ourém sem médico de família
Projecto é uma parceria entre a câmara, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Misericórdia de Ourém-Fátima. Serão disponibilizadas 60 horas semanais de consultas.
Município de Ourém vai assumir o pagamento parcial da contratação de 60 horas semanais de serviços médicos, para “mitigar” o problema da falta de profissionais de saúde no concelho, onde cerca de 15 mil utentes não têm clínico atribuído, o que corresponde a 34% da população.
A contratação dos serviços resulta de uma parceria entre a câmara, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Misericórdia de Ourém-Fátima, instituição que contratualizará médicos reformados ou sem qualquer ligação ao Serviço Nacional de Saúde.
Segundo o protocolo, a ARSLVT compromete-se a pagar 27 euros por hora, enquanto a câmara assume uma comparticipação de 15 euros/ hora. O projecto, denominado por Bata Branca, dirige-se aos utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ourém, incluindo as suas extensões, sem médico de família atribuído.
“Pretende-se melhorar a prestação de cuidados de saúde”, diz o presidente da câmara, Luís Albuquerque, consciente que a medida não vai resolver o problema da falta de médicos no concelho, que é “preocupante”, mas irá “mitigar o impacto negativo diário” que a situação tem na vida das pessoas.
O autarca adianta que há já condições para assegurar “mais de metade” das 60 horas semanais, prevendo-se que o projecto arranque em Maio e que tenha um custo para o município na ordem dos 4000 euros por mês.
Entretanto, está a decorrer a consulta pública para o programa de incentivos à fixação de médicos de família no concelho, que, segundo o presidente da câmara, deverá entrar em vigor em Junho. O município estima gastar com este programa cerca de 10 mil euros mensais.