Sociedade
Bispo de Leiria-Fátima condena "ferocidade insana” que vitima crianças inocentes
“Generalização” dos conflitos armadas marca a mensagem de Natal de José Ornelas, que lembra que “celebrar significa recusar a resignação”
A “generalização” dos conflitos armados marca a mensagem de Natal do bispo de Leiria-Fátima, que condena “a ferocidade insana com que são atingidas crianças inocentes”.
“O caminho de Advento em direcção ao Natal, no final deste ano de 2024, apresenta-se densamente ensombrado por situações de guerra, de desastres naturais e de cepticismo que contradizem e desafiam o tom pacífico e alegre das celebrações que se aproximam”, lamenta José Ornelas, que evoca “particularmente” a guerra na Faixa de Gaza, mas também na Ucrânia, no Iémen, no Sudão e "em tantos outros focos de conflito no mundo”.
Perante este cenário de guerras, “com o seu séquito de morte, destruição e miséria humana e ambiental, o bispo entende que a celebração do Natal, “em contraste com a generalidade dos conflitos, não pode ser confundida com qualquer atitude de esquecimento e alienação dos problemas que atingem a humanidade”.
“Celebrar significa recusar a resignação, o medo paralisante e o enclausuramento individualista ou de grupos de privilegiados”, afirma o prelado, convicto que “a esperança é possível e necessária, particularmente quando grassa o pessimismo, a desilusão e o medo”.
Na sua mensagem de Natal, José Ornelas recorda ainda que a Igreja em Portugal “quer também participar, com um gesto de efectiva solidariedade” na campanha especial em favor da população de Gaza. Assim, na Diocese de Leiria-Fátima os peditórios das missas celebradas nos dias 4 e 5 de Janeiro terão como finalidade ajudar as populações da Terra Santa.
“Que a generosidade e partilha com os que sofrem, possa ser expressão da nossa aceitação da luz e da esperança que nos move, para que alivie o sofrimento, ajude a curar feridas e abra caminhos de esperança”, apela.