Sociedade

Caldas da Rainha é um dos 11 municípios com protocolo com o exército na vigilância dos incêndios

27 set 2022 18:38

Patrulhas militares 'deram' 7,5 voltas ao mundo

caldas-da-rainha-e-um-dos-11-municipios-com-protocolo-com-o-exercito-na-vigilancia-dos-incendios
A ministra da Defesa esteve hoje na Marinha Grande
Elisabete Cruz
A Câmara de Caldas da Rainha é um dos 11 municípios com protocolo com o exército no âmbito da campanha de vigilância e detecção de incêndios, sendo o único do distrito de Leiria.

O trabalho das Forças Armadas, com especial incidência no exército, foi hoje apresentado à ministra da Defesa, na Marinha Grande. 

Segundo a informação apresentada, as patrulhas militares que estiveram envolvidas na vigilância e detecção de incêndios este verão percorreram 302.176 quilómetros, o equivalente a 7,5 voltas ao mundo, pela linha do equador.

No total dos três ramos das Forças Armadas, estiveram envolvidos mais de 10.000 militares empenhados em cerca de 2.200 missões de vigilância e detecção de incêndios, rescaldo, engenharia e apoio logístico, “no âmbito de protocolos vários", afirmou a ministra da Defesa.

Helena Carreiras acrescentou que foram ainda efectuadas “cerca de 1.400 horas de voo nos diferentes meios aéreos das Forças Armadas encarregues de apoiar a ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil] na vigilância e detecção de incêndios”.

“Quero fazer um agradecimento muito especial e muito sentido a todos os militares e às entidades envolvidas que fizeram um trabalho extraordinário, magnífico, de grande disponibilidade”, reforçou a ministra, ao destacar o “trabalho extraordinário” dos militares, que não se cinge apenas aos meses de Verão, mas que continuam “no resto do ano proporcionando segurança às populações”.

A presença dos militares, segundo a ministra, funcionou no terreno como um factor "dissuasor", além do apoio logístico e na evacuação de populações.

Um trabalho também no “rescaldo” e em “tarefas mais especializadas em engenharia” ou “no apoio logístico, com a alimentação e o conjunto de outros bens que são necessários para apoiar o trabalho de protecção”, informou.

Helena Carreiras entende que as alterações climáticas são “uma verdadeira ameaça à segurança", pelo que "as Forças Armadas participam, em articulação com as entidades responsáveis deste grande esforço de nos proteger desta ameaça, em particular, e de outras onde tem estado também com igual relevância”, como quando há “catástrofes naturais ou inundações”.

A governante disse ainda que faz parte do ADN das Forças Armadas, “ajustarem-se e adaptarem-se àquilo que são as circunstâncias” e “cumprirem a sua missão sempre com muito cuidado com a segurança” “para os próprios militares” e “também para aqueles que visam proteger”.

José Nunes da Fonseca, chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou estar disponível para estender os 11 protocolos estabelecidos com os municípios, embora, alerte que “os meios são finitos”. Por isso, a prioridade é para os territórios com “maior risco de segurança no que diz respeito à prevenção e ao combate aos incêndios”.