Sociedade
Câmara de Leiria diz que exclusão de Monte Real não invalida base de dimensão regional
A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou hoje nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões
O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, considerou hoje que a exclusão da Base Aérea de Monte Real das opções para a localização do futuro aeroporto de Lisboa não invalida a sua transformação em base regional.
“A exclusão da Base Aérea de Monte Real das opções para a localização do futuro aeroporto de Lisboa não belisca, em nada, a pretensão da sua abertura à aviação civil, numa base de dimensão regional, vocacionada para assegurar serviço aeroportuário à zona Centro, atualmente a única região do País sem aeroporto”, afirmou Gonçalo Lopes numa declaração escrita enviada à agência Lusa.
A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou hoje nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.
A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada hoje pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente, Rosário Partidário, numa apresentação que está a decorrer, em Lisboa, sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.
Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo - Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém; Santarém - foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.
O presidente do Município salientou que a abertura à aviação civil da Base Aérea n.º 5, em Monte Real, numa base de dimensão regional, “foi e continua a ser” a principal ambição, que se mantém intacta e que considera ser de “grande importância para o desenvolvimento” da região.
“Entendemos que a solução Monte Real poderia contribuir, no curto/médio prazo, para ajudar a superar o grande estrangulamento que o Aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] regista, uma condição reforçada com a inclusão de Leiria no traçado de Alta Velocidade [ferroviária], que reduz a distância para Lisboa para apenas 40 minutos”, salientou.
Gonçalo Lopes, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), reiterou que “a localização do aeroporto a Norte do Tejo é a que melhor serve o país, por aqui se localizar a esmagadora maioria dos futuros utilizadores e também por estar a norte a força da economia portuguesa”.
“A Sul do Tejo encontram-se 1.980.199 residentes, correspondentes a 19% da população nacional, enquanto a norte residem 7.877.394 pessoas, o que corresponde a 76% da população, não existindo, no Centro, um aeroporto que alimente a mais que justa ambição de crescimento e desenvolvimento que esta região muito justamente ambiciona”, acrescentou.
A CIMRL integra os Municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.